Orquestra Brasileira em Manaus, nesta quinta, com David, Márcia e Patrick

Orquestra Brasileira em Manaus

Orquestra Brasileira em Manaus: Nikolay (direita), ao lado de Márcia, David e Patrick, agora é diretor artístico

A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) apresenta nesta quinta (19/10), às 20h, no Teatro Icbeu, a série OSB do Brasil Itinerante Norte. Trata-se do resultado de pesquisa sobre a música folclórica das cinco regiões do Brasil. Em Manaus, o destaque será para a toada de boi bumbá e os cantores David Assayag, Márcia Siqueira e Patrick Araújo são os convidados especiais. É também a volta à cidade do violinista Nikolay Sapoundjiev, ex-Amazonas Filarmônica e hoje diretor artístico da OSB.

Os músicos da OSB chegaram a Manaus no dia 14/10. Ministraram aulas de instrumentos para estudantes das universidades Federal (Ufam) e estadual (UEA) do Amazonas. Fizeram concertos didáticos na Escola de Educação Indígena da Aldeia Waikiru e no Centro de Formação Vida Alegre, apoiado pelo Criança Esperança, da Rede Globo.

A orquestra também realizou ações online, com concertos, palestras e workshops, transmitidas pela plataforma do Liceu Cláudio Santoro para 27 sedes municipais, vilas e comunidades amazonenses.

 

Búlgaro amazonense

Nikolay Sapoundjiev, 46, violinista búlgaro da capital, Sofia, que há um mês se tornou diretor artístico da OSB, retorna a Manaus com a orquestra e aproveita para rever os amigos. Ele deixou o Leste Europeu em 1997, escolhido para integrar a Orquestra Amazonas Filarmônica (OAF), mudando para Manaus. Encarou e passou no duro teste da OSB, em 2010, transferindo-se para o Rio de Janeiro, mas guardando as raízes amazonenses.

“Chamo o Amazonas de ‘minha terra natal brasileira’, por ter me acolhido artisticamente. Estou aproveitando para rever os amigos búlgaros que vieram comigo, na primeira leva, mas hoje, até entre nós, a gente fala mais português”, brinca.

Nikolay viveu os momentos difíceis da OSB, que esteve perto de fechar, em 2016 e 2017. Depois foi feita uma retomada, com a vice-presidente Ana Flávia Cabral, que está em Manaus, e hoje vive um renascimento. “O fundador da OSB, compositor José Siqueira, dizia que ‘o futuro da música sinfônica está no Brasil’ e estamos vivendo isso”, enfatiza Nikolay.

O músico retorna à pátria, Bulgária, em novembro. “Ano que vem a OSB iria a Turquia, Azerbaijão e Romênia, mas decidiu concentrar atenção no Brasil e principalmente na Amazônia, por conta das guerras e ameaças de guerras”, revela.

Ano que vem começa uma grande turnê, pelo Amazonas. “Serão três Estados por ano, terminando em 2025 na COP-30, no Pará”, informa.

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