A arte de Cássio Flores, artista plástico que é pedreiro para comprar material

O #SouManaus 2023 apresentou, no hall do Palácio Rio Branco, a exposição do artista plástico Cássio Flores, 54. Foi uma descoberta do poeta Tenório Teles, ex-presidente do Fundo Municipal de Cultura, e equipe. Era a realização de um sonho de 40 anos, acalentado desde Canatuma-AM, de onde veio há 32 anos para Manaus. Ele trabalha como pedreiro e conta, emocionado, que já ficou sem dinheiro para alimentar a família por ter comprado material para pintar. Agora, prestes a ser revelado nacionalmente, numa exposição que lhe foi prometida, o artista conta sua história e fala dos planos para o futuro.

Cássio Flores recebeu o Portal do Marcos Santos em casa, no bairro Tancredo Neves, Zona Leste. A entrevista tem todos os elementos que o cercam, desde a precariedade do ateliê, até os pássaros e os galos cantando. Mas não se preocupe, a bagunça vale a pena. Revela um pouco desse adepto do surrealismo, que concluiu o Ensino Fundamental no supletivo, parou de estudar no Ensino Médio e produz trabalhos complexos, cheio de simbologias e mensagens.

 

A arte de Cássio Flores

Mais de 3 mil pessoas assinaram o livro de presença na vernissage de Cássio, no #SouManaus 2023, testemunhando a aparição pública do artista. Ele vive os problemas que aborda. Pede Educação, porque queria ser filósofo e artista plástico formado, mas não pode estudar, nem dar estudo para os filhos. Aborda a Saúde, depois de perder a esposa, com uma doença sequer diagnosticada, e cuidando da mãe, idosa e enferma. Sente o drama ambiental e seus quadros, igualmente, refletem os problemas humanitários que estão ao nosso redor.

Cássio conta que, assustado, correu para a rua ao ouvir gritos. Descobriu um assaltante espancando o filho, para roubar o celular, bem na porta da casa dele.

Essa mente, que vive num clima dramático, produz o belo, enquanto fala de Salvador Dali e Portinari ou usa elementos de Tarsila do Amaral. Cássio parece ter resolvido um dos maiores desafio das artes plásticas, que é encontrar o tom e a tinta que expressem os seus sentimentos.

Veja, a seguir, a íntegra da entrevista que revela a história desse talento desabrochando para o público, é bom ressaltar, após 40 anos de sonhos:

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