Corpo de mulher com sinais de enforcamento e violência sexual é encontrado em área de garimpo na terra Yanomami

Foto: Reprodução

Neste sábado (6), Jenni Rangel foi encontrada morta, despida, com sinais de violência sexual e enforcamento em uma área de garimpo, na comunidade Uxiu, da Terra Indígena Yanomami. O corpo da mulher, que tinha 28 anos, estava perto de uma cratera onde oito garimpeiros foram assassinados esta semana.

O número de mortes violentas na área, em uma semana, subiu para 14. Além de Jenni, foram mortos 12 garimpeiros e um indígena.

O cadáver da mulher foi avistado durante um sobrevoo de helicóptero da Força Nacional de Segurança, que acionou a Polícia Federal. Bombeiros e PF removeram o corpo para o Instituo Médico Legal (IML) em Boa Vista.

Investigadores suspeitam que Jenni, que era venezuelana, trabalhava para garimpeiros e pode ter sido morta no mesmo ataque que resultou na morte dos oito garimpeiros encontrados na cratera.

No dia 29 de abril, um grupo de garimpeiros armados abriu fogo contra a comunidade Uxiu. Três indígenas foram baleados: um deles, o agente de saúde Ilson Xiriana, morreu e outros dois estão internados em um hospital em Boa Vista.

Em outra área, garimpeiros atiraram contra agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), durante uma fiscalização em Waikás, no garimpo conhecido como “Ouro Mil”. Na troca de tiros, quatro garimpeiros morreram.

Na última segunda-feira (1º), oito garimpeiros foram encontrados mortos dentro de uma cratera próxima da comunidade Uxiu. Os cadáveres tinham marcas de tiros e a perícia da PF encontrou uma flecha no local.

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