Calamidade ambiental para mil cidades, diz Marina Silva. E as consequências?.

Calamidade ambiental

Calamidade ambiental foi anunciada por Marina Silva, como possibilidade, durante visita a Manaus. Foto: Clóvis Miranda/Semcom

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em visita a Manaus, anunciou que o Governo Federal pretende decretar Calamidade Ambiental em mil cidades. Quer enfrentar, sem amarras burocráticas, problemas como os dos igarapés e encostas de Manaus e das inundações em Rio Branco (AC). O remédio parece bom, mas pode acabar matando o doente.

 

Turismo

O Brasil se candidata a endereço turístico. Qual turista visita um País em calamidade? O “ambiental”, que pode parecer um detalhe, será um golpe na atração de indústrias para a Zona Franca, já que Manaus estará no meio.

 

Licitações

A grande vantagem é para a celeridade nas licitações. Em caso de Calamidade, como seria a Calamidade Ambiental, os procedimentos para dispender recursos públicos seriam simplificados. Em outras palavras, o gestor teria mais facilidade para gastar.

 

Impulso e responsabilidade

Esse negócio de autoridade falar, antes de pensar e planejar, tem precedentes. O ex-presidente Bolsonaro, que o governo Lula tenta fazer esquecer, dizia e acontecia no cercadinho de Brasília. Na hora da execução, o bom-senso dos assessores prevalecia e grande parte das, digamos, ideias, ia para o esquecimento.

 

Frase

Frase de um engenheiro, após a tragédia dos últimos dias, em Manaus: “Desde o ‘então morra’, até agora, nada foi feito. A não ser serviços de UTI”.

 

‘Então morra’

Para recordar. O falecido ex-tetra-governador e ex-tri-prefeito Amazonino Mendes, diante de um desabamento na Zona Leste, foi pedir aos moradores para deixaram uma área ameaçada. Uma moradora, liderança, aos berros, dizia que não ia sair, enquanto não tivesse para onde ir. Amazonino deu um show do politicamente incorreto. Perguntou: “De onde você é, minha filha?” “Do Pará, respondeu a interlocutora”. “Então tá explicado”, disse o então prefeito. E acrescentou: “Você não vai sair?”. “Não”, insistiu ela. E ele: “Então morra”. Alguém gravou esse pequeno diálogo. Virou meme. Foi um dos principais responsáveis por tirar de Amazonino, até, a capacidade de se candidatar à reeleição.

 

Negão em paz

Sábado, promovido pelo filho de Amazonino, Armando Mendes, uma festa na casa do ex-governador recebeu os mais próximos. O local, claro, estava lotado. Era uma celebração, do jeito que Amazonino pediu, após o falecimento dele. “A política se foi. Todos se cumprimentavam, recordando bons momentos do Negão”, resumiu um dos participantes.

 

Guerra da Reforma Tributária

A Reforma Tributária já tem defensores bem definidos. A favor estão a indústria e o sistema financeiro. Contra alinha o comércio, varejista e atacadista. O lobby está em campo.

 

Relato de uma sumaumeira

A sumaumeira entrou no editorial em que o Portal do Marcos Santos, com base em ideia da arquiteta Cláudia Nerling, propõe um parque de árvores da Floresta Amazônica. Seria o Parque dos Sentidos da Amazônia. Logo surgiram críticas: “Sumaúma leva um século para crescer”, disseram vários. A história da nota seguinte ilustra bem a resposta:

 

Relato de uma sumaumeira (2)

O poeta Elson Farias, escritor, ensaísta, membro da Academia Amazonense de Letras (AAM), recebeu uma muda de sumaumeira de presente. Foi quando nasceu seu segundo filho, Zezé. O menino completara 20 anos e Elson vendeu a chácara, na confluência dos bairros Alvorada e Dom Pedro. O novo dono construiria no local um frigorífico. Foi impedido, no entanto, porque “havia uma árvore centenária, que não podia ser removida”. Qual árvore? A dita sumaumeira. Em 20 anos, ela cresceu e se tornou frondosa, a ponto de um “técnico” “especialista” achar que tinha 100 anos. A Amazônia, na prática, desmonta muita teoria.

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