Invasão ao capitólio completa dois anos em meio a tentativa dos Estados Unidos de reforçar a democracia

Invasão ao capitólio, sede do poder legislativo dos Estados Unidos, foi invadida no dia 6 de janeiro de 2020.

O Capitólio, sede do poder legislativo dos Estados Unidos, foi invadido no dia 6 de janeiro de 2021. Foto: Ted Eytan/ Wikimedia Commons

Há exatamente dois anos atrás, no dia 06 de janeiro de 2021, senadores americanos se reuniram no Capitólio, sede do poder legislativo dos Estados Unidos da América, localizado em Washington (District of Columbia – D.C), para consagram a vitória de Joe Biden como novo presidente dos Estados Unidos da América. Minutos antes, Donald Trump, presidente que tentava a reeleição e foi derrotado, incentivava seus apoiadores a acreditarem que as eleições foram fraudadas. Começava então um episódio que manchou a história da democracia do país.

Os arredores do Congresso foram tomados por apoiadores de Donald Trump, entre eles integrantes de grupos de extrema direita. O movimento tomou grandes proporções quando cerca de 2.500 pessoas entraram no prédio, muitas delas armadas. Mike Pence, vice presidente do governo Trump, teve que ser retirado as pressas do local.

Passado dois ano a investigação policial dos Estados Unidos do episódio conhecido como “A invasão do Capitólio” tenta fortalecer a democracia do país. 964 pessoas que participaram da invasão segundo aponta as investigações  foram condenados por “ofensas criminais” e 465 acusados de crimes federais se declararam culpados. Entre as maiores penas, está a condenação do líder do grupo antigovernamental de extrema direita Oath Keepers, Stewart Rhodes, que pegou 20 anos de prisão por conspiração contra a ordem. Thomas Webster, ex-policial e supostamente simpatizante do nazismo, pegou pena de 10 anos por agressão a policiais

Os dois ano deixaram marcas. Mesmo após Joe Biden assumir o pode, o Congresso americano não é mais o mesmo. Neste dia 6 de janeiro de 2023, parte do Partido Republicano, do qual Donald Trump faz parte se fragmentou. E é justamente essa fragmentação que, atualmente, dificulta a escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados do país, sob controle dos republicanos. Alguns dos integrantes da sigla conservadora desejam uma liderança menos radical e que respeite mais as leis e a democracia, principalmente.

Eleições de meio de mandato

Em novembro de 2021, os EUA passaram pelo processo conhecido como as eleições de meio de mandato. Nela, os americanos votaram para renovar a Câmara e parte do Senado e constituíram uma nova base para os próximos quatro anos. Da saída da ex-presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, os integrantes do legislativo ainda não conseguiram definir um representante. e neste dia 6 de janeiro o cenário ainda permanece o mesmo.

Kevin McCarthy (Republicanos)  corre como favorito a presidência do congresso.  Porém, as feridas deixadas pelo episódio da invasão do Capitólio. Hakeem Jeffries (Democrata) partido de Biden, agora é favorito e nas últimas rodadas teve mais votos que McCarthy. Apesar de o candidato democrata Hakeem Jeffries aparecer na frente nas votações, o partido não tem maioria na Câmara, e a possibilidade de ele conseguir os votos necessários é bastante remota.

A sessão será retomada nesta sexta-feira (6).

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