Neymar desabafa: ‘Não caí, desmoronei! Mas quando levanto, o Brasil inteiro levanta comigo.’ Veja vídeo

O jogador Neymar da Silva Santos Júnior, 30 anos, fez um “desabafo” nas redes sociais. O jogador narra vídeo intimista, no qual aparecem lances de partidas onde foi duramente “caçado” dentro de campo. Ele está machucado e só deve voltar à Seleção Brasileira nas Oitavas-de-final da Copa do Catar. Trata-se de uma tentativa de combater o estigma de cai-cai, que o deixou marcado na Copa 2018, na Rússia.

“Você pode achar que eu caí demais, mas a verdade é que eu não caí, eu desmoronei. Isso dói muito mais que qualquer pisão em tornozelo operado”, diz o jogador.

O texto, evidente trabalho publicitário, “humaniza” Neymar, relembrando momentos marcantes da carreira dele: “Trava de chuteira na panturrilha, joelhada na coluna, pisão no pé. Você pode achar que eu exagero e, às vezes, eu exagero mesmo. Mas a real é que eu sofro dentro de campo. Agora, na boa, você não imagina o que eu passo fora dele”.

 

História

Neymar tem feito tratamento intensivo, ao lado do lateral-direito Danilo. Ambos se machucaram na estreia do Brasil e o lateral-esquerdo Alex Sandro contra a Suíça. Ele é considerado o principal jogador brasileiro desde 2010, quando estreou na Seleção Brasileira. Na Copa do Mundo realizada no Brasil, em 2014, recebeu uma joelhada na coluna, do colombiano Juan Camilo Zúñiga, ficou fora da competição e escapou por pouco de ficar paralítico. A saída dele é considerada um dos principais fatores para o maior desastre do futebol brasileiro, a derrota para a Alemanha por 7 a 1, que viria na partida seguinte.

O “cai-cai” da Rússia se tornou tão marcante que abafou dois feitos memoráveis do jogador. Ele comandou a Seleção Olímpica do Brasil nas conquistas da prata, em 2012, em Londres, e do ansiado ouro, em 2016, em pleno estádio do Maracanã, na Olimpíada brasileira. O “País do futebol”, tetracampeão da Copa do Mundo, esperava pela medalha dourada há 64 anos e 13 edições dos jogos.

 

‘Marrento’

“Quando eu saio sem dar entrevista, não é porque eu só quero os louros da vitória, mas é porque eu ainda não aprendi a te decepcionar. Quando eu pareço malcriado, não é porque eu sou um moleque mimado, mas é porque eu ainda não aprendi a me frustrar. Dentro de mim ainda existe um menino. Às vezes, ele encanta o mundo. Às vezes, ele irrita todo mundo. Minha luta é para manter esse menino vivo, mas dentro de mim e não dentro de campo”, diz o jogador, no vídeo.

“Eu demorei pra aceitar suas críticas. Eu demorei a me olhar no espelho e me transformar em um novo homem. Mas hoje eu tô aqui, de cara limpa, de peito aberto. Eu caí, mas só quem cai pode se levantar. Você pode continuar jogando pedra ou pode jogar essas pedras fora e me ajudar a ficar de pé. Porque quando eu fico de pé, parça, o Brasil inteiro levanta comigo”, desafia.

Veja o vídeo: