Policial que matou tesoureiro tem prisão domiciliar revogada e será enviado para presídio

A prisão domiciliar do policial penal bolsonarista Jorge Guaranho foi revogada pela Justiça, que determinou que ele seja transferido para o Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A revogação foi determinada nesta sexta-feira (12).

Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado pela morte do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda.

O crime aconteceu na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu, Paraná, no dia 9 de julho. No local, Marcelo Arruda comemorava a própria festa de aniversário, quando foi morto a tiros por Jorge Guaranho, que não era convidado do evento, e foi baleado pelo tesoureiro.

O policial ficou um mês internado e teve alta médica na última quarta-feira (10). Ele deveria ser transferido para o CMP, mas um ofício do próprio Complexo disse que o local não tinha estrutura para atender as necessidades médicas que o réu precisaria. A Justiça decidiu, então, que ele ficasse em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

Na decisão de hoje, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello disse que a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou que o Complexo Médico Penal, diferente de argumentação inicial, “apresenta plenas condições estruturais e humanas de custodiar o réu”.

Ainda de acordo com o despacho, um documento juntado aos autos do processo diz que o Complexo Penal “possui condições de garantir a manutenção diária das necessidades básicas do custodiado com supervisão contínua… levando em consideração as informações do Relatório de Evolução Médica do paciente”.

Guaranho será transferido de ambulância para o presídio ainda nesta sexta (12), por meio de um serviço terceirizado de saúde.