Mais treta no Garantido: responsável pelas camisas dos compositores rebate ex-presidente da Mangueira

Alfredo Campos publicou uma foto das sacolas com as camisas dos compositores que ainda não foram resgatá-las. Foto: Reprodução Facebook

O compositor Alfredo Campos publicou uma Carta Aberta ao cantor e compositor Ivo Meirelles, que nesta segunda-feira (4/7) usou suas redes sociais para falar sobre a compra de uma camisa de arena do Boi Garantido e que não recebeu até o momento o produto. De acordo com ele, a pessoa que fez o contato para falar sobre a venda da camisa não responde mais as suas mensagens.

“Após três dias dessa postagem, vou ter que acionar os envolvidos, judicialmente, por estelionato”, avisou Meirelles.

Responsável pelas camisas dos compositores, Alfredo Campos explicou que, este ano, as camisas não estavam no orçamento do bumbá e, assim, cada compositor teria que arcar com os custos de suas camisas.

“O dinheiro pago pelos compositores nunca foi para mim, mas sim para pagar as camisas (são três camisas no total, uma para cada noite). Tenho todos os comprovantes de pagamento”, afirma na Carta Aberta.

Sobre a comunicação entre os envolvidos para receber as camisas, Meirelles disse que não faz parte do grupo de WhatsApp de compositores do Garantido. “A mensagem me foi enviada particularmente, ou seja, não havia como saber data e local de entrega. Sendo assim, continuei me sentindo lesado”, disse.

Campos contou que Meirelles avisou por terceiros que não queria participar do grupo de WhatsApp. “Respeitei a sua decisão, mas gostaria de deixar claro que isso acabou dificultando muito meu trabalho durante os três dias de Festival. Todos sabem que a comunicação na ilha é precária, com internet sofrível e falhando a todo instante, sendo a ligação telefônica ainda uma das melhores formas de resolver algum problema, o que reitero: não recebi nenhuma!”, explicou.

“Meu trabalho não foi o de fazer o delivery das camisas ou entregar na casa de cada um, era uma obrigação única e exclusiva de cada compositor correr atrás”, afirmou Alfredo Campos.

Leia a Carta Aberta de Alfredo Campos na íntegra:

“Boa noite a todos!
Cheguei em casa agora a pouco, vindo do trabalho, e me deparo com este post. Lamentável…!
Me chamo Alfredo Campos, sou compositor e grande torcedor do meu amado Boi Bumbá Garantido há mais de 30 anos!
Estou vindo a público esclarecer as ofensas e crime que a mim foram imputados de forma equivocada e infundada.
Em todo esse período, que é mais que a metade da minha idade, sempre me dispus a ajudar a agremiação, sem receber nada em troca. Não faço parte da Diretoria do Boi, sendo somente um sócio torcedor apaixonado, que contribui com toadas e poesias.
Esse ano me foi incumbida a missão de organizar o grupo dos compositores. E de forma totalmente VOLUNTÁRIA e NÃO REMUNERADA, eu aceitei, para que pudesse auxiliar os Poetas da Baixa, que tanto luto para terem voz. Para quem não sabe, nós temos acesso à Arena durante as três noites de festival. Todos os anos nos são disponibilizadas camisas pela própria Direção do Boi. Esse ano, infelizmente, nossas camisas não estavam no orçamento, tendo que, assim, cada compositor arcar com os custos de suas camisas. Sempre fui muito transparente com todos os compositores e, de forma a facilitar as comunicações, sempre os avisava por meio de grupo no WhatsApp. Não fazia parte das minhas atribuições, mas mesmo assim, ainda fui atrás de compositores cujo contato eu não possuía, pois não queria ser injusto e deixar alguém de fora.
O dinheiro pago pelos compositores nunca foi para mim, mas sim para pagar as camisas (são três camisas no total, uma para cada noite). Tenho todos os comprovantes de pagamento, como eu disse, sempre fui muito transparente com todo o grupo.
Mesmo tentando incluir todos, este cidadão que está me acusando, mandou mensagem por meio de terceiros avisando que não queria participar do Grupo. Respeitei a sua decisão, mas gostaria de deixar claro que isso acabou dificultando muito meu trabalho durante os três dias de Festival. Todos sabem que a comunicação na ilha é precária, com internet sofrível e falhando a todo instante, sendo a ligação telefônica ainda uma das melhores formas de resolver algum problema, o que reitero: não recebi nenhuma! Não havia como eu SOZINHO dar conta de tudo, de todos, e ainda correr atrás de um único compositor que, diga-se de passagem, só me mandou mensagem às 20:38h, provavelmente do camarote de onde estava, no dia 24 de junho, 1º Noite do Festival Folclórico de Parintins, quando eu e todos os compositores já estavam na Arena. E mais uma vez conto com o bom senso de vocês ao alegar com toda a certeza que: na Arena a internet não pega de forma alguma.
Como sua composição fora feita em parceria de mais dois amigos compositores (um deles representado pelo seu filho), ambos membros do Grupo dos Poetas da Baixa no WhatsApp, nunca imaginei que o cidadão em questão ficaria sem informações, como ele alega, afinal, um desses compositores parceiros pegou a camisa pessoalmente comigo e o outro me ligou e esclareceu todos os impasses, com a promessa de que pegaria outro dia.
Meu trabalho não foi o de fazer o delivery das camisas ou entregar na casa de cada um, era uma obrigação única e exclusiva de cada compositor correr atrás.
Nos outros dias do festival, o compositor em questão também não me procurou, mandou mensagem ou ligou. Ele só tornou a mandar mensagem Sexta-feira, provavelmente quando eu estava.no meio do Rio Amazonas, voltando a Manaus, de Barco, e hoje, já com as ofensas, divulgação de dados pessoais e crime imputado a mim. Cheguei em Manaus e, mais uma vez, me justifico: não tinha sinal no meio do rio. Como era final de semana e estava totalmente acabado devido ao Festival e todo trabalho que tive nesse período, resolvi descansar com o intuito de responder a todos na Segunda-feira, hoje.
Eu tenho família e um emprego em Manaus, não vivo de “Boi”, nem mesmo desses valores. Prezo muito pelo meu caráter e pela minha honra! Jamais me queimaria pelo valor que fosse, o que dirá por R$100,00 (cem reais).
Para finalizar, eu humildemente peço desculpas, mas das mais de 200 conversas a serem ainda respondidas e tantas blusas a entregar, eu só esperava que este sujeito viesse até mim, em horário justo e me ligasse, pois eu estive me doando os três dias do Festival, o dia inteiro, deixei de me divertir, de brincar de Boi, de ficar com meus familiares, em prol de auxiliar os Poetas da Baixa e me entristece muito todas essas acusações contra meu caráter e contra minha honra.
Já estou sendo assessorado pela minha advogada. Todas as medidas judiciais cabíveis serão tomadas.
Quanto às blusas do Compositor em questão, ainda estão comigo, mas ele alega não as querer, por isso irei devolver os R$100,00 que ele pagou, não porque ele tem razão, mas porque tenho caráter e não preciso passar por cima de ninguém.
Obrigado a todos que estão mandando mensagens de apoio a mim e que conhecem minha índole! Tudo se esclarecerá!
Abaixo, foto das sacolas com as camisas dos Compositores que ainda não foram resgatá-las, mas que justificaram o motivo, excetuando este cidadão carioca.”

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