Rússia rejeita recurso da Meta após empresa ser acusada de ‘atividade extrema’

Rússia rejeita recurso da Meta após empresa ser acusada de ‘atividade extrema’

Um tribunal de Moscou rejeitou, nesta segunda-feira (20), um recurso interposto pela Meta Platforms Inc META depois que ela foi considerada culpada de “atividade extremista” na Rússia em março, informou a agência de notícias TASS.

A Rússia restringiu o acesso às principais plataformas do Meta, Facebook e Instagram, bem como à rede social Twitter TWTR.N, após Moscou enviar dezenas de milhares de tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro, um movimento que os críticos consideraram um esforço da Rússia para exercer maior controle sobre os fluxos de informação.

Em março, a Rússia disse que sua decisão extremista não afetaria o serviço de mensagens WhatsApp da Meta, concentrando-se no Facebook e no Instagram.

A empresa de tecnologia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado por e-mail. A advogada Victoria Shakina disse em março a um tribunal que Meta não estava realizando atividades extremistas e era contra a “russofobia”.

Banidos

A Rússia inicialmente baniu o Facebook por restringir o acesso à mídia russa, enquanto o Instagram foi alvo depois que a Meta disse que permitiria que usuários de mídia social na Ucrânia postassem mensagens pedindo violência contra o presidente russo Vladimir Putin e as tropas que Moscou enviou para lá.

A Meta posteriormente estreitou sua orientação para proibir pedidos pela morte de um chefe de Estado e disse que sua orientação nunca deve ser interpretada como uma justificativa da violência contra os russos em geral.

A Rússia também se opôs ao tratamento de plataformas estrangeiras de sua própria mídia, algumas das quais carregam rótulos de serem ‘controladas pelo Estado’. O regulador estatal de comunicações Roskomnadzor multou regularmente as empresas de mídia social que não excluem o conteúdo que a Rússia considera ilegal.

Um advogado que representa a Meta disse na segunda-feira ao tribunal que se recusar a bloquear o acesso ao conteúdo e rotular a mídia controlada pelo Estado não eram atividades qualificadas como extremistas, de acordo com um repórter do Kommersant no tribunal.

A Reuters não pôde verificar essa conta de forma independente e o advogado não pôde ser contatado até o momento.

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *