Morre inventor da bolacha de motor, quase uma lenda nos recreios da Amazônia

Morre inventor da bolacha de motor

Morre inventor da bolacha de motor, Américo (esquerda, com a camisa do Nacional FC), ao lado do sobrinho-neto Marcelo Serafim e o filho deste. Foto: Instagram/ Marcelo Serafim

O café da manhã nos recreios, os barcos regionais que ligam os Municípios amazônicos, não pode dispensar a famosa “bolacha de motor”. Com uma manteiga da terra e um café com leite, ela acompanhou toda uma geração e até se tornou memória gastronômica. O que poucos sabem é que se trata de um produto desenvolvido por Américo Rodrigues Esteves, um português nascido em Angeja, no Aveiro, em Portugal.

Américo faleceu nesta terça (30/11). O velório está sendo realizado na funerária Canaã, na rua Major Gabriel, das 12h às 15h30. O sepultamento será às 16h, no cemitério São João Batista.

 

História

A “bolacha de motor”, para ter pedigree, precisava ser da Modelo, a padaria de Américo e família.

O criador era tio do deputado estadual Serafim Corrêa. O falecimento foi registrado pelo sobrinho-neto, o vereador Marcelo Serafim. “Ficam os exemplos e ensinamentos de um homem que era o último de uma geração de portugueses que vieram para o Brasil. Pelo suor dele, juntamente com o do meu avô Armindo e demais tios, foram construídas grande coisas nesse Estado”, escreveu Marcelo.

A “bolacha de motor da Modelo” era famosa porque conseguia satisfazer às necessidades do momento. Os recreios não conseguem limitar o que cada passageiro vai consumir no café da manhã e a bolacha, com manteiga, acompanhada do café com leite, resolvia o problema. Era barata e vinha em pacotes generosos. A fórmula deu tão certo que entrou para a memória gastronômica de toda uma geração.

Veja o texto completo publicado por Marcelo Serafim no Instagram sobre a morte de Américo Rodrigues Esteves:

“Hoje perdemos o patriarca de nossa família, nosso amado tio avô Américo. Ficam os exemplos e ensinamentos de um homem que era o último de uma geração de portugueses que vieram pra o Brasil para construírem suas vidas. Pelo suor dele, juntamente com o do meu avô Armindo e demais tios foram construídas grande coisas nesse estado.

Quem nunca comeu a famosa bolacha de motor da MODELO, que durante décadas foi o alimento dos amazonenses que cruzavam os rios da Amazônia? Nela estava o suor e espírito empreendedor desses portugueses que deixaram o pequeno vilarejo de Angeja, em Aveiro, Portugal na primeira metade do século passado e construíram uma vida de sucesso e exemplos em nossa cidade. Muito obrigado por tudo tio! Sabemos que o céu está em festa! Te amamos!!!!”

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