Ex-prefeito José Fernandes morre aos 76 anos de complicações da Covid

Ex-prefeito José Fernandes morre aos 76 anos de complicações da Covid

Ex-prefeito José Fernandes morre aos 76 anos de complicações da Covid. Foto: Divulgação

O ex-prefeito de Manaus e ex-deputado federal José Fernandes, 76, faleceu nesta segunda-feira (12) vítima de complicações de infecção por Covid-19. Em abril deste ano, o seu irmão, o ex-deputado Miquéias Fernandes, também faleceu após contrair o vírus. José Fernandes estava internado no hospital Check-Up há mais de uma semana.

Ex-prefeito

José Fernandes era economista e ascendeu na carreira política nos anos 1970. Comandou o extinto Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (DER), foi diretor da Comissão de Construção da BR-319, entre 1971 e 1973, e foi secretário de Transportes no governo de Enoque Reis (1975-1979). Elegeu-se pela primeira vez deputado federal em 1978, pelo extingo Arena, licenciando-se do mandato para assumir a Prefeitura de Manaus, no período de 1979 a 1982, escolhido pelo governador José Lindoso.

Posteriormente, voltou à Câmara Federal como deputado constituinte, de 1987 a 1991. Formado em direito, economia e teologia, Fernandes, que foi sucessor do mandato de Jorge Teixeira (1922-1987), tinha perfil de atuação equilibrada. Dentre seus principais feitos no comando da Prefeitura constam o início do processo de expansão da zona Leste, com a fundação do bairro São José 1 e 2, além de construção da avenida Brasil, na zona Oeste, uma da principais da cidade.

Fidelidade ideológica

Dentre as características políticas marcantes de Fernandes está a fidelidade ideológica partidária. O ex-prefeito ingressou no PDT a convite de Leonel Brizola (1922-2004), fundador do partido, e tinha com este laços fortes de amizade. José é filho de família com tradição em revelar advogados em Manaus, dentre os quais o irmão Miqueias, eleito vereador e deputado estadual, e Ruth, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT11).

O último cargo que exerceu foi o de secretário de Infraestrutura no segundo governo de Amazonino Mendes, na década de 90. Trabalhou ainda na iniciativa privada, como CEO de uma grande construtora, e era professor aposentado da Universidade Federal do Amazonas.

Ajudou a fundar a Assembleia de Deus Tradicional e tornou-se pastor. O enterro acontece ainda hoje no cemitério São João Baptista, com a presença apenas de familiares.

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