Pátio de porto onde ocorreu incêndio volta a operar nesta sexta; só os contêineres queimados custam R$ 240 mil

Pátio de porto onde ocorreu incêndio volta a operar nesta sexta; só os contêineres queimados custam R$ 240 mil

Pátio de porto onde ocorreu incêndio volta a operar nesta sexta; só os contêineres queimados custam R$ 240 mil. Fotos: CBMAM

As operações de entrega no pátio 3 da ATR Logística, onde ocorreu um incêndio de grandes proporções no Porto Chibatão, na rua Zebu, no bairro Colônia Oliveira Machado, zona Sul de Manaus, serão retomadas a partir desta sexta-feira (21), segundo nota divulgada pela Transportadora ATR.

Conforme a nota, um lote de contêineres teve perda material, sem vítimas no local. A empresa não deu valor de prejuízo, mas estima-se que tenha passado de R$ 240 mil, considerando apenas o valor unitário de um contêiner sem carga (média de R$ 15 mil). Dezesseis deles foram tomados pelo fogo no sinistro.

Pátio de porto

O pátio onde ocorreu o sinistro é uma área para recebimento e entrega de contêineres aos clientes. Um contêiner de 20′ vazio está avaliado em torno de US$ 3.000 e um de 40′ vazio custa US$ 4.500.

O Centro de Operações Bombeiro Militar (Cobom) recebeu o chamado para atender o incêndio às 16h25 de terça-feira (18/08). A nota da transportadora reforça que as chamas foram provocadas por causas naturais, a partir de uma descarga atmosférica (raio), que atingiu um lote no pátio.

“Ressaltamos que toda a área comprometida por conta do ocorrido foi controlada e devidamente resfriada, a fim de evitarmos novas ocorrências. Aproveitamos a oportunidade para agradecer a equipe do Corpo de Bombeiros que se manteve à frente da contenção do foco de
incêndio, assim como os órgãos Estaduais e Federais e a todos os clientes que nos ajudaram de forma direta e indiretamente nesta empreitada”.

Brigada e bombeiros

A empresa tem uma brigada de incêndio, que também atuou no sinistro. Foram 28 horas de combate ao incêndio. Segundo os relatos, uma explosão ocorreu depois que um dos contêineres foi atingido por um raio.

À frente dos 16 contêineres, que foram rapidamente tomados pelo fogo, havia 11 tanques com armazenamento de produtos químicos perigosos, que ofereceram grande risco de explosão durante às primeiras 14 horas de combate, quando as chamas estavam intensas na área confinada. Ao menos 35 contêineres estavam dispostos na área mais quente.

Ação

Durante a ação, foram empregadas 15 viaturas para o combate e apoio logístico, sendo uma unidade de resgate (UR), quatro do tipo auto bomba tanque (ABTs), três do tipo auto tanque apoio (ATA), uma auto bomba plataforma (ABP) e seis apoios rápidos. Ao menos 30 bombeiros estiveram atuando no incêndio.

Foi necessário realizar o resfriamento da área e atacar o fogo em segunda prioridade, evitando uma explosão. Os bombeiros realizaram resfriamento dos tanques de material químico/inflamável e combateram o fogo em outras linhas, evitando que o mesmo atingisse os tanques.

A ideia era evitar o ‘bleve’ (explosão do vapor de expansão de um líquido sob pressão) por conta do líquido que estava contido no tanque. No combate foram utilizados pó químico, LGE (Líquido Gerador de Espuma) e água. Foram gastos mais de 600 mil litros de água.

Na fase de rescaldo, ontem, se manteve o resfriamento da área queimada juntamente com a retirada de material, com o intuito de extinguir totalmente os focos de incêndio. Os bombeiros militares já utilizaram mais de 1.500 litros de LGE, além de 2,4 toneladas de pó químico.

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