O ministro Francisco Falcão, relator do processo que investiga a compra de respiradores pela Secretaria Estadual de Saúde (Susam), negou prisão para o governador Wilson Lima. A informação é da TV Globo e do portal G1. “Não se justifica a imprescindibilidade da decretação da extraordinária medida cautelar de privação de liberdade. Ao menos neste momento”, disse Falcão, na decisão.
A Procuradoria Geral da República (PGR), que está no caso por envolver governador, disse que “há robustos elementos de prova de sobrepreço, superfaturamento e direcionamento” na compra dos 28 respiradores. A PGR viu ainda lavagem de dinheiro e montagem de processo de adulteração de documentos “para encobrir crimes”.
O caso envolve recursos federais que foram destinados ao combate à pandemia de Covid-19.
Bens bloqueados
Francisco Falcão também determinou bloqueio de bens, inclusive do governador. Treze pessoas foram alcançadas pela medida. O valor total dos bens bloqueados é de R$ 2,976 milhões.
O inquérito da Polícia Federal (PF) apura “organização criminosa, corrupção, fraude a licitação e desvio de recursos públicos federais”.
A fase ostensiva da Operação Sangria, que investiga compra e venda dos 28 respiradores, foi desencadeada esta terça-feira (30/06). Oito pessoas foram presas, entre funcionários e ex-funcionários estaduais e empresários.
Os donos das empresas Sonoar, Luciane Zuffo Vargas de Andrade e Renata de Cássia Dias Mansur Silva, o dono da FJAP, Fábio José Antunes Passos, além do dono do supermercado Big Amigão, Cristiano da Silva Cordeiro, estão entre os presos.
O trabalho da CPI da Saúde, da Assembleia Legislativa, parece estar ajudando bastante a investigação da PF. Todos os presos já foram ouvidos pela comissão, que chegou a ter o funcionamento barrado pela Justiça, duas vezes, por problemas na indicação de membros.
A CPI da Saúde já voltou a funcionar normalmente e estaria encaminhando todos os documentos para os policiais envolvidos na investigação.
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