Desembargador aposentado condenado pelo etupro da neta, que foi denunciado pela ex-nora em 2018. Foto: Divulgação
O desembargador Rafael de Araújo Romano, 74, aposentado, foi condenado pelo juiz Ian Dutra a 47 anos de prisão por estupro de vulnerável. Em 2018, ele foi acusado por Luciana Pinheiro, ex-nora, de abusar sexualmente da neta desde os 7 anos, de 2009 a 2016. A própria Luciana anunciou a sentença, embora o processo corra em segredo: “Sempre acreditei na Justiça”, escreveu em rede social.
Rafael Romano foi, durante 15 anos, juiz da Infância e Juventude de Manaus. Depois, já desembargador, relatou a Operação Estocolmo, deflagrada no dia 23/11/2012. O Ministério Público Estadual do Amazonas (MPAM) denunciou 21 pessoas, entre empresários e políticos, por envolvimento com pedofilia e benefícios com prostituição.
“Ela tomou coragem após ter ficado fragilizada numa situação antes do carnaval. Uma amiga minha tentou o suicídio e ela viu caso semelhante na novela. Primeiro fui cuidar da saúde dela. Levei ela num psiquiatra, para dar toda assistência. E agora, de volta a Manaus, fiz a denúncia e espero justiça. Nunca imaginamos passar por uma situação dessas. Sua filha é molestada, abusada, dentro do convívio familiar”, disse a mãe, na ocasião, em entrevista ao Portal do Marcos Santos.
Mobilização
Luciana não se contentou em fazer a denúncia. Ela mobilizou amigos e fez diversos atos pedindo Justiça. No dia 19 de março de 2018, ela adesivou carros e, com um grupo de amigas, usou camisa pedindo “Justiça pela Maria”.
No dia 27 de abril, o MPAM apresentou a denúncia, recebida pela Justiça e o desembargador foi citado em seguida.
O desembargador aposentado sofreu nova acusação. S.N.D.S., 30 anos, disse, em depoimento no dia 20 de junho de 2018, que sofreu abusos sexuais entre os 13 e 14 anos.
O portal ainda aguarda detalhes sobre a sentença, como se o desembargador será preso ou se poderá recorrer em liberdade. O processo corre em segredo de Justiça.
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Por Marcos Santos
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