Luiz Castro volta como oposição, após acusações e renúncia forçada na Seduc

Luiz Castro volta como oposição

Luiz Castro volta como oposição, depois de ter sido obrigado, por pressão popular, a renunciar ao cargo de secretário estadual de Educação

Luiz Castro, ex-deputado estadual e ex-secretário estadual de Educação, está de volta à cena política. “Ele foi importante na elaboração do nosso manifesto. Só alguém de dentro do governo para ter uma avaliação mais profunda”, disse Gilberto Ribeiro, porta-voz da Rede Solidariedade no Amazonas. Ele se referia a Nota Pública do partido dirigida ao governador Wilson Lima, cobrando princípios que teriam sido combinados antes da eleição. O documento tem visível postura oposicionista.

O ex-secretário Luiz Castro deixou a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) debaixo de sérias acusações de superfaturamento. Ele assinou contratos sem licitação para transporte e merenda escolar, entre outros. Quando deputado estadual, o agora ex-parlamentar sempre criticou essa postura em outros governos. A gestão dele na Seduc ficou marcado no rol do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Luiz estava “cuidando da saúde”. Foi a mesma alegação de quando deixou a Seduc, debaixo de forte pressão da opinião pública. “Agora vamos conversar sobre as eleições que vem aí”, disse Gilberto. A Rede Sustentabilidade, cuja líder nacional é a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva, tem dois porta-vozes no Amazonas, Gilberto Ribeiro e Bete Maciel. Luiz Castro é “suplente da executiva estadual”.

 

Oposição

A diretoria executiva da Rede Sustentabilidade é dura na Nota Pública. Afirma que o “cenário gravíssimo e devastador “, da pandemia no Amazonas, “não pode servir de pretexto para alianças fisiológicas”. Sem especificar a quais alianças se refere, a nota defende “transparência, ética política e respeito ao projeto apresentado ao eleitor”.

A nota pede mais transparência nas compras públicas e aquisição de serviços. Urgência em plano de atenção à saúde dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Manter orientação das autoridades de saúde, “baseadas em dados científicos”. Proteger os profissionais de saúde. Campanhas de combate à violência doméstica e familiar. Refeições diárias, água potável e itens básicos de higiene para a população em situação de risco. Ampliação do Programa de Auxílio Emergencial Estadual, o Apoio Cidadão.

Pede também o retorno de recursos destinados a povos indígenas e comunidades tradicionais, que teriam sido retirados da Constituição Estadual. E até o incremento da luta contra grileiros desmatadores e garimpo ilegal.

Reclama, ao final, das demissões dos secretários de Saúde e Assistência Social, em meio à calamidade estadual. As cobranças da Nota Pública, conforme o próprio documento, são baseadas na Carta Compromisso assinada, em 2018, pelo então candidato Wilson Lima. Luiz Castro foi candidato ao Senado e está entre os que se consideram responsáveis pelo fenômeno da eleição do atual governador.

O ex-secretário da Seduc responde aos órgãos de controle sobre as pesadas acusações que recebeu, no exercício do cargo. Wilson Lima resistiu à demissão até o último momento.

CLIQUE AQUI PARA LER A NOTA PÚBLICA DA REDE SOLIDARIEDADE.

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