Pandemia começa a ser vencida. Veja balanço em hospitais públicos e privados de Manaus

Pandemia começa a ser vencida

Pandemia começa a ser vencida e unidades de saúde saem do colapso. Foto: Ingrid Anne/HCM

Uma publicação com quase 4 mil compartilhamentos nas redes sociais mostra um grupo de profissionais da saúde comemorando um dia incrível diante de tantos números e dados negativos da pandemia do Covid-19.

Eles estão numa sala rosa do Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto e, juntos, aparecem com leitos vazios ao fundo. As salas rosas são destinadas a cuidar de pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus. Na publicação, eles falam que “respiram” um pouco com pacientes estáveis, transferidos e zero morte. “Isso é grandioso, isso fica marcado, pois só quem está de frente sabe o quanto passamos. Pra Deus não existe o impossível. Vamos Vencer”.

Vamos vencer

Apesar do Brasil ter alcançado a cifra triste de 15.633 mortes confirmadas por Covid-19 neste sábado (16) e o País ter se tornado o quarto no mundo com mais casos do novo coronavírus (total de 233.142 infectados) – atrás de EUA, Reino Unido e Rússia -, no Amazonas alguns números e até certa diminuição no número de ocupação de leitos e salas rosas para tratamento do vírus podem mostrar um redução da gravidade da pandemia no Estado.

Salas vazias

Algumas salas vazias e um fluxo menos intenso na rede também são percebidos em vídeos divulgados nas redes sociais. Cenas assim também foram compartilhadas do SPA do Alvorada e do Hospital e Pronto Socorro João Lúcio. Ainda se aguardam dados oficiais da Secretaria de Saúde (Susam).

Mesmo com o acumulado de 6.758 novos infectados somente nesta semana no Amazonas, houve redução no número de sepultamentos. De segunda a sábado (de 11 a 16 de maio), foram registrados 462 sepultamentos, contra 623 do mesmo período anterior (de 4 a 9 de maio), uma queda de 25,8%.

Hospital de campanha Gilberto Novaes

O hospital de campanha Gilberto Novaes, da Prefeitura de Manaus, Samel e Instituto Transire, está completamente lotado. São cerca de 140 leitos, a maioria de semi-UTI, todos ocupados. E a demanda continua aquecida, segundo Luís Alberto Nicolau, presidente do Grupo Samel.

Hospital Samel

A Samel diminuiu de 139 leitos ocupados, no auge da pandemia, para 108, neste domingo (127/05). As UTIs, porém, tanto na unidade da Joaquim Nabuco quanto do Prontocord, estão completamente lotadas. A informação é do presidente da instituição, Luís Alberto Nicolau.

Hospital Santa Júlia

O hospital Santa Júlia desativou dois andares, que chegaram a lotar durante a pandemia. A diminuição foi de cerca de 25 leitos, segundo a diretora da unidade, médica Júlia Sarkis. A ocupação de UTI, no entanto, permanece próxima dos 100%. “A procura do pronto-socorro, que também atende a planos de saúde, como Unimed Fama, diminuiu 30%”, revela.

Hospital Adventista

O Hospital Adventista sentiu diminuição considerável na demanda. “Queira Deus que essa pandemia acabe em nosso Estado”, disse o pastor Gideon Basílio, diretor do hospital. No pico, a unidade recebia 280 clientes procurando o pronto-atendimento. Hoje, esse número caiu para cerca de 170, informa o diretor.

Hospital Checkup

“Chegamos a atingir 120% de ocupação”, afirma o diretor do hospital Check-up, Thiago Jackmonth. “Percebemos redução do número de atendimentos na emergência, com suspeita de Covid-19, ao longo da semana”, atesta. “Estamos com três leitos de UTI Covid disponíveis e uma enfermaria. Temos ainda, no geral, quatro leitos de UTI livres”, disse.

Pandemia começa a ser vencida

Profissionais de saúde já comemoram salas vazias

 

Susam pede cautela e reforça isolamento

Para a titular da Susam, Simone Papaiz, a redução observada no fluxo de pacientes nas unidades de urgência e emergência da capital nos últimos dias reflete uma melhor resposta da rede de assistência frente à pandemia. A secretária alerta que é precoce avaliar que a crise mais aguda da pandemia já passou.

“Melhoramos nossos fluxos e nossa pronta-resposta, aumentamos a oferta de leitos e hoje vemos que a regulação consegue fazer mais remoções. O resultado é que em vários momentos podemos observar as salas rosas vazias. Isso é bom. Mas, por outro lado, a população não pode achar que o pior já passou. O isolamento social é importante, porque a curva de casos ainda é alta inclusive com o avanço no interior. Portanto, continuamos a pedir que fiquem em casa”, frisou a secretária.

Sepultamentos

O número de sepultamentos/cremações nos cemitérios públicos e privados de Manaus também tem reduzido nos últimos dias. No sábado (16/5), foram 59 sepultamentos; na sexta-feira (15/5), 71; quinta-feira (14/5), 70; quarta-feira (13/5), 79; terça-feira (12/5), 83; e segunda-feira (11/5); 100 sepultamentos.

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2 comentários

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  1. Tereza Mariano disse:

    Que maravilha de notícia….
    Deus seja louvado, amém!

  2. Leonardo disse:

    O que está funcionando bem é o isolamento.
    Essa queda se deve a isso e aos cuidados que foram tomados pelos estabelecimentos em funcionamento.
    Ainda não é hora de relaxar.
    Fica em casa.