Prefeito vai dispor de mão de obra para funcionar hospital Nilton Lins e avisa que comerciantes terão alvarás cassados ao abrirem lojas

Com colapso da rede de saúde estadual à frente, anunciado pelo Governo do Estado pela alta ocupação de leitos no hospital de referência contra o coronavírus, o Delphina Aziz, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, usou suas redes sociais neste domingo (5) para anunciar mais medidas para minimizar os impactos da pandemia na área de saúde e ampliar o isolamento social.

Na publicação, o prefeito pede ao governador Wilson Lima celeridade para colocar o hospital da Universidade Nilton Lins em pleno funcionamento, garantindo, por parte do município, a disponibilização de mão de obra para somar esforços no combate ao novo coronavírus. “Também determinei que ainda hoje fossem realizados serviços de infraestrutura no entorno do hospital”.

Prefeito vai dispor

Na postagem, Arthur Nego anuncia que a partir desta segunda-feira (6), será decretada a cassação provisória de alvarás de funcionamento para comerciantes que não entendem a importância do isolamento social. “Iremos suspender, ainda, a venda do passe estudantil e da gratuidade para idosos, uma vez que ambos devem permanecer em casa”, anunciou.

“Enquanto durar a crise, será cassado o alvará de comerciantes que estão insistindo em aglomerar pessoas, colocando em risco a saúde, que não estão compreendendo o mal que estão fazendo para seus próprios clientes e para a cidade. Esta não é a hora de ganhar dinheiro, mas de salvar vidas. A hora de ganhar dinheiro ela volta depois”, falou.

Nilton Lins

Neste sábado, o governador falou da preparação de novos 400 leitos clínicos preparados no hospital da Universidade Nilton Lins, no Parque das Laranjeiras. Eles serão ocupados quando esgotada a capacidade de leitos clínicos no HPS Delphina Aziz.

A implantação de novos leitos de UTI depende da disponibilidade de respiradores, equipamento escasso em todo o mundo. Atualmente o Governo trabalha no reparo de respiradores que estavam sem uso em almoxarifados, com a ajuda da Universidade do Estado do Amazonas e outras instituições privadas. E também está adquirindo mais 33 respiradores em São Paulo.

Carga confiscada

“Estamos também tentando comprar respiradores na China. Nós tínhamos uma compra que já estava fechada em processo de finalização nos Estados Unidos, de 200 respiradores, e a nossa carga foi confiscada”, afirmou Wilson Lima ao reforçar que espera apoio do Governo Federal junto a outros países para viabilizar a compra de respiradores, sem os quais o risco de colapso no sistema de saúde do Amazonas e também de outros estados do país é alto.

“A situação que também nos preocupa é com o nosso pessoal da saúde, que está trabalhando quase que 24 horas por dia, sobretudo para conscientizar as pessoas do perigo que isso é. Estou muito preocupado e nos próximos dias, se a gente continuar com esse número de casos, o nosso sistema aqui no Estado do Amazonas pode sim chegar a um colapso”, frisou.