Novo Juma Ópera Hotel mantém arquitetura original com toque de modernidade

O Juma Ópera Hotel já está em funcionamento

O Juma Ópera Hotel já está em funcionamento e fica ao lado do Teatro Amazonas, no centro histórico de Manaus. Foto: Divulgação

No final do século 19, os barões do ciclo de ouro da borracha decidiram construir uma Ópera no meio da floresta Amazônica e foi aí que surgiu o Teatro Amazonas, em Manaus, um dos mais bonitos e famosos do mundo. Na mesma época, por volta de 1897, foram erguidos também palacetes no entorno, seguindo o mesmo estilo da clássica Belle Époque francesa. Dois destes casarões tombados foram restaurados para abrigar o Juma Ópera Hotel, inaugurado no início de fevereiro como o mais novo hotel-boutique da cidade.  

Além dos casarões, o complexo do empreendimento de luxo se estende por outros dois prédios construídos no mesmo padrão de arquitetura. Preservar a história e manter a harmonia do entorno estavam entre as principais preocupações do projeto comandado pelo arquiteto Roberto Vinograd. Tanto que toda a fiação que passava pela frente do hotel foi refeita e estruturada de forma subterrânea para que a fachada ficasse livre para ser devidamente apreciada.

No interior, são 41 suítes que variam entre 23m² e 66m², têm pé-direito alto e a maioria com vista para o teatro. Há ainda restaurante, bar, rooftop com piscina, lounge, academia e centro de convenções.

A decoração das áreas comuns mescla conforto com o frescor da natureza, que é tão abundante na região. O projeto, assinado pela arquiteta Debora Aguiar, especialista no conceito eco-luxury, faz um perfeito mix entre elementos contemporâneos sem perder as raízes históricas, com acabamentos em tons suaves como crus e beges, pontuados por verdes, caramelos e marrons, tudo com o objetivo de dar ares de acolhimento. Quadros e objetos que retratam a cultura indígena, o artesanato local e a beleza da flora e da fauna também fazem parte da criação.

Entre esses objetos, destaque para os balaios Baniwa, cestos confeccionados artesanalmente pelos índios Baniwa a partir das folhas de arumã tingidas com urucum e trançadas uma a uma. Na cultura indígena, os waláya, como são chamados, eram usados para recolher a massa de mandioca ou guardar mantimentos. Painéis decorativos em fibra e em madeira ripada, além de luminárias de autoria da arquiteta, complementam a decoração.

O projeto tem também grande preocupação ambiental. Além de usar energia solar como base do sistema de aquecimento, vários espaços são revestidos por cerâmicas feitas de vidro reciclado. Para maior conforto dos hóspedes, todas as portas e janelas possuem ainda tratamento acústico.

A vista mais do que privilegiada é um dos grandes encantos do Juma Ópera Hotel e se estende por todo o complexo. Do rooftop, espaço com delicado paisagismo que abriga bar e piscina, é possível avistar o Rio Negro e apreciar a belíssima e sem igual cúpula do Teatro Amazonas, que está coberta por mais de 35 mil peças coloridas de cerâmica nas cores da bandeira do Brasil.

 

Restaurante do Juma Ópera Hotel

O Restaurante Ópera também é outro destaque da arquitetura do hotel. O espaço é um elegante gazebo com cúpula de ferro e feito totalmente em vidro para receber os raios de sol e, principalmente, para ter o Teatro como pano de fundo durante as refeições. No cardápio, assinado pela chef Sofia Bendelak, há uma combinação de cozinha moderna e influência regional.

Juma Ópera fica na Rua 10 de Julho, 481. Mais informações estão no site www.jumaopera.com.br e nas redes sociais @jumaopera.

O hotel pertence aos mesmos proprietários do Juma Amazon Lodge (www.jumalodge.com.br), hotel de selva com mais de 20 anos de existência, que igualmente tem uma forte preocupação com a sustentabilidade.

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