Dois mortos no Compaj foram denunciados como ‘executores’ do massacre de 2017

2 mortos no Compaj foram denunciados como 'executores' do massacre de 2017

2 mortos no Compaj foram denunciados como ‘executores’ do massacre de 2017. Foto: Divulgação

Na lista de 15 detentos mortos durante uma briga no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), dois nomes chamam atenção por envolvimento no último massacre registrado na mesma cadeia, em janeiro de 2017: Naelson Picanço de Oliveira, 32, vulgo “Pulguinha”, e Rodrigo Oliveira Pimentel, 29, o “Pipoca”.

Ambos foram denunciados pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e qualificados como do grupo “Os Executores” da chacina ocorrida em 2017, quando 56 presos foram assassinados durante uma dos mais cruéis e bárbaros massacres em prisões do Brasil.

Os dois mortos tinham processos no Tribunal de Justiça do Amazonas. “Pulguinha” por tráfico e “Pipoca” , quatro por roubo. Rodrigo Oliveira fugiu do Compaj em 2012, depois foi recapturado, e voltou a fugir da Vidal Pessoa em 2014.

Entenda o caso

Quinze detentos foram mortos durante uma briga, iniciada no horário de visita, no Compaj. As mortes teriam envolvido apenas uma facção criminosa, membros da Família do Norte (FDN), dos pavilhões 3 e 5.

Não houve vítimas que não fossem internos, não houve fugas, não houve subida em telhados. A Polícia Militar, via grupos especiais e o de Intervenção Penitenciária, controlaram a situação, segundo a Seap, em 40 minutos.

Nenhum familiar ficou ferido. As mortes de detentos aconteceram nas quadras e dentro das celas, com uso de estoques (feitos com escovas de dente) e também por enforcamento.

Fake news

Com as mortes de ontem, várias imagens e vídeos de presos assassinados foram compartilhadas como se fossem da situação no Compaj, mas eram “fake news”.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que as imagens que circulam nas redes sociais e divulgadas em alguns sites de notícias, mostrando detentos em fuga, não são da ocorrência deste domingo.

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1 comentário

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  1. Kellen karinny Souza Almeida disse:

    O poder público tinha que investir na segurança dentro dos presídios