Quarenta e dois detentos foram encontrados mortos, todos com indícios de assassinato por asfixia (estrangulamento), em quatro unidades prisionais de Manaus, nesta segunda-feira (27).
Em Manaus, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), com o apoio do Sistema de Segurança, realiza intervenções em todo o sistema prisional.
Com a chacina registrada neste domingo, com 15 detentos, o número de mortos nas 24 horas no sistema chega a 57.
Após recontagem
Durante as intervenções foram achados 27 corpos no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), 5 no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e seis na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Outros quatro foram feridos e levados para atendimento, que estavam no CDPM 1.
A identidade dos detentos ainda não foi divulgada. As mortes ocorreram por enforcamento. Ainda de acordo com a secretaria, agentes do Grupo de Intervenção Prisional (GIP) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar estiveram nas três unidades revistando e recontando os presos. Um inquérito será aberto para investigar os homicídios.
Briga no Compaj
As 42 mortes ocorrem um dia após 15 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), terem sido assassinados por estrangulamento e por golpes de estoques (escovas de dentes pontiagudas).
Série de mortes
As mortes ocorreram durante uma “briga entre presos” dos pavilhões 3 e 5, e que, após o acionamento do Batalhão de Choque da Polícia Militar, a situação no Compaj estava sob controle.
Nenhuma fuga foi registrada e nenhum agente penitenciário foi ferido durante a confusão de ontem. A briga começou durante o horário de visitação.
Hoje, a Seap confirmou que todos os mortos no complexo foram identificados e seus corpos, liberados para as famílias. Em função do ocorrido ontem, a secretaria aplicou uma série de medidas administrativas em todas as unidades prisionais do estado, entre elas, a suspensão das visitas.
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