Empresa energética quer se instalar em Manaus em 2020 e aumentar competitividade do PIM

Foto: Divulgação

A empresa Amazônica Energy anunciou que deve se instalar em Manaus, em 2020, e iniciar a importação e distribuição do gás criogenado no ano seguinte. O Polo Industrial de Manaus (PIM) deve ser o maior beneficiado com a entrada da companhia. Multinacionais envolvidas no projeto estimam um desembolso de R$ 3 bilhões.

O gás GNL, captado no Golfo do México, passa por congelamento nos Estados Unidos e chega à Amazônia Brasileira em navios tanques. A distribuição às usinas será feita por balsas confeccionadas na região amazônica e com barcos empurradores movidos a gás natural, o que significa mão de obra qualificada local e respeito ao meio ambiente

O CEO da Amazônica Energy, Marcelo Araújo, chega à Manaus nesta quinta-feira (4) para reuniões com parceiros comerciais locais. Nos dias 10 e 11 de abril, já com executivos de parceiros internacionais de fornecimento do GNL, ocorrerá o encontro com a direção da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e Governo do Estado para apresentar as estratégias de distribuição do gás criogenado. 

Energia sempre foi um gargalo para o desenvolvimento econômico do Amazonas e consequente da Zona Franca de Manaus. Ao mesmo tempo em que o PIM busca mostrar sua importância sócio-ambiental e econômica para ganhar visibilidade junto ao novo governo federal, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou, na última semana, um estudo em que concluiu a eficácia do Distrito Industrial de Manaus para a proteção da biodiversidade da floresta e suas espécies.

O governo federal estuda e ensaia novas formas para reduzir a dependência junto à Zona Franca de Manaus, ao mesmo tempo em que as empresas instaladas no PIM buscam redesenhar processos para aumentar a competitividade e se manter produzindo no Amazonas.

Segundo a Amazônica Energy, a companhia “viu nesse panorama de incertezas um ambiente fértil de oportunidades”. O gás criogenado ou congelado, de acordo com a empresa, é o combustível que pode aumentar a competitividade e a atração de novas empresas ao Polo Industrial de Manaus. 

Os estudos, de acordo com a companhia, indicam que, mesmo com a distância percorrida, o gás GNL importado deverá ser comercializado com preço entre 40% e 50% menor que o óleo diesel vendido na região. Isso é possível graças a uma parceria que está sendo formada com indústrias multinacionais da Europa, Ásia, Estados Unidos e Canadá, que estimam um desembolso de 800 milhões de dólares, algo perto de R$ 3 bilhões.

A Amazônica Energy informou que deve se instalar no ano que vem em Manaus e começar a importação e distribuição do gás criogenado já no ano seguinte, em 2021. Há ainda a possibilidade de uma gigante da siderurgia se instalar no PIM nos próximos anos, como desdobramento dos investimentos dessa modalidade energética, diz a Amazônica Energy.

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