Um homem que já cumpria pena por estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal) foi novamente condenado a 9 anos e seis meses de reclusão nesta semana. Esta é a quinta condenação dele e considerando as sentenças que vêm sendo proferidas desde 2013 pelos juízes da 1ª e 2ª Varas Especializadas em Crimes contra Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes do Tribunal de Justiça do Amazonas, onde tramitaram os processos, as penas já somam 35 anos, 2 meses e 16 dias.
As vítimas tinham idades entre 10 a 13 anos e eram sempre abordadas nas proximidades de escolas. Os fatos relacionados à condenação desta semana aconteceram em 2011, nas proximidades de escolas (públicas e particulares) da zona Sul de Manaus.
Segundo informações do juiz Luís Cláudio Chaves, que está respondendo pela 2ª Vara Especializada em Crimes contra Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes e proferiu a sentença, o homem atuava sempre da mesma forma para atrair a atenção das vítimas.
Dissimulado
“O réu abordava a vítima na rua, dizendo que era seu primo e que há tempos não via seus pais. Ele agia dissimuladamente, fingindo ligar para os pais da vítima, a fim de que esta acreditasse firmemente que, de fato, tratava-se de um parente ou conhecido da família. Com sua conduta artificiosa extraía as informações da vítima, aproveitando-se de sua inexperiência e vulnerabilidade”, explica o magistrado.
Após ganhar a confiança da criança, o homem oferecia carona ou presente, aproximando-a do seu veículo, momento em que dominava a vítima. Já dentro do carro, a criança era levada até o bairro Distrito Industrial II e, em um sítio abandonado, ocorriam os atos libidinosos e o estupro.
Condenação
“O réu já foi condenado em outros processos, pela prática de crimes de estupro de vulnerável, com o mesmo ‘modus operandi’ contra a vítima. Infelizmente isso é uma característica desse tipo de criminoso sexual, a prática reiterada de abuso. Usam técnicas e conseguem iludir, ludibriar, enganar as crianças até que se demonstram algozes e violentos e é tarde demais quando a criança percebe”, explicou o magistrado.
O pedófilo atuava nos arredores de escolas públicas e particulares da zona Sul. Em período de volta às aulas, o juiz Luís Cláudio Chaves alerta para que pais e responsáveis sempre reforcem as orientações aos filhos e que a atenção na porta das escolas seja redobrada.
Pais
“A orientação que eu dou aos pais é que fiquem atentos e acompanhem de perto os filhos. Esse acompanhamento é fundamental. Acho que é triste uma situação dessa, mas a Justiça fez sua parte, examinou as provas nos autos concedeu o direito de defesa do acusado, se instaurou o devido processo legal e demos a sentença penal condenatória, que é a resposta para essa conduta ilícita”, disse o magistrado.
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