Policiais que atuaram na libertação de reféns do assalto à loteria vão receber medalhas

Coronel Amadeu Soares vai solicitar ao governador que conceda a policiais medalha e promoção. Fotos: Divulgação SSP-AM

Os policiais civis e militares que atuaram na libertação de mais de 20 reféns do assalto à loteria Circular, na avenida Grande Circular, São José, zona Leste, neste sábado (13), devem receber medalhas e ainda promoção. A informação foi anunciada pelo secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel Amadeu Soares.

Durante coletiva de imprensa ontem, após a liberação dos reféns, o coronel disse que vai pedir ao governador Amazonino Mendes que conceda aos policiais a “Medalha de Bravura” e promoção.

Desde o final do assalto, que terminou com quatro assaltantes mortos após intensa troca de tiros, o secretário elogiou a ação precisa das forças de segurança.

Risco

“Porque foi isso que todos os policiais do grupo tático e os que primeiro chegaram à ocorrência foram hoje. Eles defenderam heroicamente a sociedade, arriscaram a vida deles e, graça a Deus, todos eles vão voltar para suas famílias”, disse.

“Nós agirmos com energia e rigor. Dentro da lei, é claro. Respeitando todos os parâmetros. A população será defendida à altura sempre. E a polícia será honrada sempre. Se Deus quiser”, disse Amadeu durante coletiva de imprensa ao lado do comandante Geral da Polícia Militar, coronel Cláudio Silva, do delegado geral adjunto da Polícia Civil, delegado Ivo Martins, do subcomandante da PM, coronel Ayrton Norte, do comandante do CPE, coronel Roberto Araújo, e do responsável pela CORE, Juan Valério.

Ivo Martins, informou que cada policial envolvido na operação terá incluído na sua ficha de serviços o elogio formal, a partir desta segunda-feira (15).

O assalto

Cinco homens encapuzados, de coletes balísticos e fortemente armados invadiram a casa lotérica Circular, na zona Leste de Manaus, por volta de 13h30 deste sábado, fazendo reféns funcionários e clientes do local.

Os primeiros policiais a chegarem ao local foram da 9a Companhia Interativa Comunitária (Cicom), que estavam em patrulhamento na área.

Os assaltantes estavam com duas espingardas calibre 12, um revólver calibre 38 e uma pistola. Quatro integrantes do grupo entraram no estabelecimento e, do lado de fora, dando cobertura, Valdemir Lima de Pala Rodrigues, 28, trocou tiros com os policiais e logo se entregou.

Drogados

Um grupo de reféns foi sendo liberado durante a tarde, e 12 pessoas foram mantidas com os assaltantes, que exigiram drogas para consumo e um veículo, durante as negociações. Na saída da loteria, depois de 15h, eles usaram os reféns como escudo humano.

Segundo o secretário de segurança, coronel Amadeu Soares, que acompanhou a ação e intermediou as negociações, os infratores demonstravam estar sob efeito de entorpecentes. A advogada e familiares de alguns deles estiveram no local. Durante as negociações, 12 reféns foram liberados.

Três horas

Após quase três horas confinados na loteria, os quatro infratores decidiram sair com os reféns e com malotes de dinheiro. Eles percorreram mais de um quilômetro, sendo monitorados pela polícia, inclusive com helicópteros.

“Eles tomaram a decisão de sair. Montaram escudo humano e ganharam a rua. A polícia foi criteriosa, não efetuou disparos. Eles atiraram na polícia diversas vezes por conta da população que estava na rua. Foi verificado o momento mais seguro para o disparo, foi feito. Os reféns foram todos para o chão. Eles continuaram agredindo e os policiais responderam”, disse o secretário de Segurança.

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