O ex-presidente Lula vai continuar preso. A decisão é do relator original do processo, João Pedro Gebran Neto. Ele alegou que “a jurisdição de plantão não exclui prevenção para questões relacionadas à execução da pena”. E revogou a decisão tomada mais cedo por Rogério Favreto, também desembargador do TRF 4ª Região.
Lula, na prática, viveu um dia de gangorra. Petistas, como o ex-ministro José Dirceu e a senadora Vanessa Grazziotin, comemoraram a liberdade dele. Favreto decretou que fosse libertado imediatamente. O juiz Sérgio Moro interveio e pediu à carceragem que se resguardasse do cumprimento da ordem. Favreto insistiu, com dureza, ordenando a libertação. Até que veio a decisão de Gebran e o ex-presidente permanece preso.
O vai-e-vem jurídico provocou outras reações. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu nota pedindo um “Judiciário conciliador”. Favreto é “desembargador jurista”, ou seja, oriundo do Quinto Constitucional destinado à OAB em cada tribunal.
Lula foi solto, preso, solto e preso, sem se mover do lugar. As opiniões se dividiram nas redes sociais. O argumento básico de Favreto foi de que Lula, como pré-candidato a presidente da República, não podia ficar preso. Logo surgiram ironias, como a de que Fernandinho Beira-Mar seria solto por ser candidato do Comando Vermelho (CV).
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