Garantido emociona e encerra participação no festival apostando no título

Mantendo regularidade na apresentação, o bumbá da Baixa do São José defendeu o subtema “Consciência e Resistência”, na última noite do 53º Festival Folclórico de Parintins. O Boi Garantido fechou a terceira noite com a toada “Eu nasci para ser vermelho” faltando pouco mais de 1 minuto para encerrar o tempo de 2h30 da apresentação.

Após a realização da tradicional contagem, feita pelo apresentador Israel Paulain, que nesta noite representou o historiador e folclorista parintinense Tonzinho Saunier, o Garantido  apareceu em cima de uma lança, por cima da Galera, igual a noite anterior.

Na abertura, um coração pulsante conduziu o Boi Garantido, o apresentador Israel Paulain, o amo Tony Medeiros e o levantador de toadas Sebastião Júnior.

A alegoria da Lenda Amazônica da noite foi “Juma, o guardião da floresta”, do artista Emerson Brasil, que “andou” em direção aos jurados frontais. A cunhã poranga Isabelle Nogueira chegou à arena transportada por uma grande aranha, que surgiu desta alegoria. Do alto, Isabelle chamou os torcedores para cantarem e evoluiu com a toada “Deusa Cunhã”.

No momento de maior emoção da noite,  Sebastião Júnior  cantou “Eu sou a toada”, do compositor César Moraes, que concorreu no item “Toada, Letra e música”.  Apresentado como multi instrumentista, Sebastião mostrou sua performance tocando piano.

A porta-estandarte Edilene Tavares surgiu na alegoria da Celebração Folclórica “Consciência e tradição cultural”, do artista Élber Duarte. Uma lança a leva até os jurados e à galera, que vibrou.

A alegoria de Figura Típica Regional “O Seringueiro da Amazônia”, dos artistas Jair Mendes e seu filho Teco Mendes, conduziu a sinhazinha da fazenda Djidja Cardoso,  que usou a indumentária de sinhá da Belle Epoque. Ela evoluiu com a toada “Rainha da Fazenda”. A mesma alegoria trouxe a rainha do folclore, Branda Beltrão, que usou uma indumentária com elementos da cultura nordestina trazida pelos migrantes, no período áureo da borracha.

O pajé André Nascimento faz sua primeira aparição na alegoria de Celebração Indígena “Poracê”, dos artistas Leandro Oliveira e Jucifran Souza. André Nascimento, neste ato, representou o grande líder indígena Prepori.

O Ritual Indígena “Kuarup, a festa dos Mortos”, do artista Pingo Souza, foi a última alegoria da apresentação. Ela trouxe o  Pajé André Nascimento, que evoluiu como Mavutsínim, primeiro pajé e herói mítico do povo xinguano.

No final, os brincantes, confiantes no título,  novamente foram cantar debaixo das arquibancadas, acompanhados da Batucada.

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