Futebol é alegria, lazer, distração e hora de torcer pela Seleção Brasileira

Futebol é alegria, lazer, distração e hora de torcer

Futebol é alegria, lazer, distração e hora de torcer pela Seleção Brasileira. Essa foto é da rua Santa Isabel, na Vila da Prata, onde a união dos moradores construiu esse belo cenário

Há uma dessas correntes de WhatsApp circulando por aí dizendo que o Brasil só mudará quando o brasileiro deixar de ser ufanista. Critica o verde-amarelo dominando as ruas do País, na Copa do Mundo, enquanto autoridades nos roubam descaradamente. Faz uma relação de causa e efeito que, simplesmente, não existe. Cruzar cobra com arame farpado não produzirá nunca porco-espinho. Futebol é jogo, lazer, distração, que craques como Cristiano Ronaldo, Messi, Salah e Neymar conseguem elevar à condição de arte. Então por que não torcer pelo Brasil?

Toda mãe, parintinense, repetia: “Boa romaria faz quem na sua casa está em paz”.

Quando o Brasil entra em campo, num domingo, o País prepara o churrasco. Fica em casa. Reúne os amigos. O clima festivo dá uma folha-seca na tristeza. Será assim neste 17/06, contra a Suíça. E que venha uma vitória, com futebol convicente.

Sujeito que faz cara-feia para a torcida pela Seleção Brasileira é capaz de dizer, diante de uma obra como a ponte Phelippe Daou: “Só pode construir depois que não houver mais nenhum problema na saúde”. Ou seja, nunca. O que não pode é deixar roubar, superfaturar. E, sobretudo, construir e não ter nenhum arranjo produtivo ou modelo econômico para a margem direita do rio Negro. É lá, afinal, onde o sol da tarde chega pelas costas e permite um fim de tarde panorâmico menos quente. O que a ponte tem a ver com autoridades que estão permitindo a margem de Iranduba se transformar numa favela?

Voltando ao futebol, quem viu Cristiano Ronaldo naquele golaço de bicicleta, a mais de dois metros, contra o Paris Saint-Germain? Ou o Bale fazendo outro, numa bicicleta 98% perfeita, contra o Liverpool, na final da Champions? Viu? Então jura que não verá Brasil e Suíça, na estreia?

 

Neymar, Neymar, Neymar

Neymar pode ter todos os defeitos, mas se tem revelado um líder na Seleção Brasileira.

Poucos viram – eu vi! – quando ele assumiu o comando do time, na Olimpíada 2016. Foi quando correu em direção ao Rob Gol, do Santos, que tinha pipocado na frente do goleiro e deu um passe de lado. Falou um monte de palavrões, sem colocar a mão na boca, e gritou: “Seu irresponsável, isso aqui é sério!!!”. Resultado: as gerações Pelé, Zico, Romário, Ronaldo, Ronaldinho etc. tentaram. Mas foi a geração Neymar que ganhou a sonhada medalha de ouro olímpica para o Brasil.

Neymar tem defeito sim. Ele é meio de vidro. Quebrou na Copa 2014. Com ele no time du-vi-dê-ó-dó que a Alemanha metia aqueles humilhantes 7 a 1. Voltou a trincar num jogo bobo, do Paris Saint-Germain, às vésperas da final do mata-mata contra o Real Madrid.

Tomara que nada aconteça agora. Os dois gols que Neymar fez nos últimos amistosos foram pinturas. O Tite pode até dizer que não está 100%, mas Casagrande, trombador perna-de-pau, não faria gols assim nem a 200%

Você pode ser um sujeito sério, sisudo, pragmático demais. Ótimo. Está livre do ufanismo tipo “ Brasil varonil”. Entende que gritos, choros e descabelamentos não mudarão os resultados das partidas. E pode tranquilamente apreciar a beleza do espetáculo dos dois times em campo. É aí que o futebol fica mais bonito.

Bora torcer. Bora colorir o Brasil. É essa alegria que torna este solo um País com vocação turística tão explícita. Depois da Copa, com o hexa na mão, a gente cobra que o governo faça portos, aeroportos, estradas e ferrovias. Cobra que Manaus seja uma ilha de paz e segurança como foi na Copa 2014 ou na Olimpíada 2016.

Este domingo começa a Copa para o Brasil. Que venha o hexa. E a gente possa entender a importância da alegria. Já basta aquele governador que mandou retirar as verbas de todas as festas do interior. Tinha assessores que as consideravam supérfluas. Só depois descobrimos que estava querendo juntar mais dinheiro no cofre para poder roubar. Mas isso já é outra história.

Vai Brasil!!!

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2 comentários

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  1. Marcos disse:

    Pátria de chuteiras a cada dois anos (Copa e Olimpíadas). O culto patriota (bandeira, hino) fora desta época só existe de forma permanente nas Forças Armadas e forças auxiliares (PM, Corpo de Bombeiros Militar). Bandeira nacional fora deste período ? Somente nos quarteis e repartições públicas. Mas torcer é brincar, descontrair,… tal qual o carnaval e outras festas, depois voltaremos a nossa programação normal.

  2. Marcelo disse:

    Bem a propósito este tema, em razão da oportunidade que têm as comunidades de se reunirem, estreitarem os laços de amizade, trocarem ideias sobre o futebol nacional, local e o esporte em geral, criarem, se divertirem e liberarem serotonina à vontade face às dificuldades enfrentadas dia a dia por todos nós. Os moradores que se mobilizaram para enfeitar as ruas em que moram estão de parabéns. O que vale é a festa, a alegria como bem disse o articulista, mas se o troféu vier, melhor ainda.