“Cara de Pizza” é preso acusado de envolvimento em triplo homicídio. No crime, segurança de João Branco foi executado

Adriel Sampaio, o “Cara de Pizza”, é um dos participantes do triplo homicídio resultado da disputa entre as facções criminosas Comando Vermelho e FDN. Fotos: Lana Honorato/ PC-AM

Adriel Sampaio Encarnação, 22, conhecido como “Cara de Pizza”, foi detido em cumprimento a mandado de prisão preventiva por triplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

A prisão foi feita por equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), sob a coordenação do delegado Jeff David Mac Donald. “Cara de Pizza” estava sendo procurado por envolvimento em triplo homicídio e tentativa de homicídio ocorridos no dia 18 de março deste ano, em um sítio no KM 49 da rodovia estadual AM-240, estrada do Distrito de Balbina, em Presidente Figueiredo (distante 107 quilômetros em linha reta da capital).

O infrator foi preso pelas equipes da especializada na rua Cedro, bairro Ouro Verde, zona Leste. A ordem judicial em nome de Adriel foi expedida no dia 23 de março deste ano, pelo juiz Roger Luiz Paz de Almeida, da Comarca de Presidente Figueiredo.

Delações

Mac Donald informou que a equipe da especializada chegou até a localização do infrator após receber delações, feitas ao número (92) 99184–4434, o disque-denúncia da DEHS. “Montamos campana em frente ao local informado na denúncia e, após avistarmos Adriel, efetuamos a abordagem. Ele estava se preparando para ir à outro imóvel que iria utilizar como esconderijo”, disse.

Triplo Homicídio

O triplo homicídio teve como vítimas Alexandre Campos Lemos, o “Ala”, 37, segurança do narcotraficante João Pinto Carioca, o João Branco, da facção criminosa Família do Norte (FDN); Eduardo Maquiné Pereira, 48, e Keyssio Diones Maquiné Pereira, 39. Uma quarta pessoa, um jovem de 23 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo, mas sobreviveu após fingir estar morta, no sítio.

Segundo Mac Donald, Adriel é ligado a um grupo comandado pelo narcotraficante Gelson Lima Carnaúba, o Mano G, e Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, ambos do Comando Vermelho (CV). O delegado informou que, ao todo, 17 infratores participaram das execuções. No dia do delito foram utilizados quatro veículos pelos infratores.

Delegado Jeff Mac Donald explicou que polícia chegou até procurado por meio de delação

Outras prisões

No dia 26 de maio deste ano, policiais civis da DEHS e do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), realizaram ação policial que resultou nas prisões de Alexsandro Campos da Costa, 43, o “Alex Padeiro”, e Márcio Orlan Silva de Jesus, 27, chamado de “Gordinho”, também envolvidos no triplo homicídio.

“Alex Padeiro” foi uma das pessoas que forneceu armas. Ele mandou três “soldados” dele, dentre eles Márcio, para participar do triplo homicídio. Também participaram do crime Rodrigo Pinheiro de Souza, chamado de “Amaral”, que já foi morto, e Felipe Castro Sanches, conhecido como “2K”, que está preso.

“De acordo com as investigações, a ordem para as execuções partiu da cúpula de uma facção criminosa originária da região sudoeste do País (Comando Vermelho). Foi determinado que alguns indivíduos ligados a essa organização, os chamados ‘gerentes do tráfico’, mandassem pessoas subordinadas a eles para executar o crime. No dia do delito, ao todo, 17 pessoas participaram da ação criminosa”, destacou Jeff David Mac Donald.

Indiciamento

Adriel foi indiciado por triplo homicídio, tentativa de homicídio e associação criminosa. Ao término dos procedimentos cabíveis na especializada, o infrator será levado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde irá ficar à disposição da Justiça.

Foragidos

Outras 12 pessoas estão sendo procuradas por envolvimento na ação criminosa. São elas: Aguinaldo dos Santos Fonseca, o “Careca”; Bruno Silva Souza, o “Soldado”; Edmar Pereira da Silva Neto, chamado de “Bity”; Menison Bezerra Gomes, chamado de “Topete”; Robson, conhecido como “Neguinho da Sesau”; Wesley Alexandre Duarte, o “Mascote”; Roque de Castro Pinto Júnior, chamado de “Ponga”; Eliel da Sesau; José Valdir de Souza Costa, e um indivíduo identificado apenas como “Bode”.

Outras duas pessoas, que não tiveram as identidades reveladas, também estão sendo procuradas pela polícia.

Disque-Denúncia

Quem puder colaborar com informações que possam ajudar os policiais civis, entrar em contato pelo número (92) 99184-4434, o disque-denúncia da DEHS. Delações também podem ser feitas ao número 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). “A Polícia Civil assegura o sigilo da identidade dos informantes”, garantiu o delegado.

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