Braga e Omar inocentados no STF em inquérito que apurava propina na construção da Ponte Rio Negro

Inquérito não conseguiu provar pagamento de propina a Braga e Omar

O ministro Alexandre de Moraes disse que o inquérito, após 15 meses de investigação, não conseguiu reunir provas da acusação contra os senadores Eduardo Braga e Omar Aziz. Foto: Arquivo

Por falta de provas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mandou arquivar, nesta sexta-feira (8), o inquérito que apurou suposto pagamento de propina aos ex-governadores, hoje senadores, Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (PSD), durante a construção da Ponte Rio Negro.

O inquérito 4429 foi instaurado a partir de delação premiada do ex-funcionário da construtora Odebrecht, Arnaldo Cumplido. Em seu depoimento, Arnaldo afirmou que “ouviu falar”, que o então governador do Amazonas, Eduardo Braga, recebeu propina na obra de construção da Ponte Rio Negro. Em seu despacho, o ministro Alexandre de Moraes informa que, “contudo, todas as informações prestadas pelo colaborador (Arnaldo Cumplido) foram negadas pelas testemunhas por ele indicadas, não se obtendo durante a investigação qualquer indício de autoria ou materialidade das infrações penais apontadas”.

Ainda no despacho, o ministro Alexandre de Moraes destaca que “nos autos, portanto, após 15 (quinze) meses de investigação e o encerramento das diligências requeridas, não há nenhum indício de fato típico praticado pelos investigados, ou qualquer indicação dos meios que os mesmos teriam empregado em relação às condutas objeto de investigação, ou qualquer outra informação relevante que justifique a manutenção dessa situação de injusto constrangimento pela permanência do inquérito”.

 

“Quem não deve, não teme”

Ao receber a informação de seus advogados, o senador Eduardo Braga desabafou: “A Justiça tarda, mas não falha”, disse o parlamentar, reforçando sua confiança na Justiça brasileira. “Essa decisão do STF confirma o que tenho dito a todos: ‘quem não deve, não teme’. Por isso, continuo defendendo toda e qualquer investigação, pois, ao final, assim como os culpados devem pagar por seus crimes, os inocentes têm o direito de terem seus nomes limpos e sua honra e integridade restabelecidas perante a opinião pública”, completou.

 

 

 

 

 

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