Mais de 8 mil pessoas do sistema prisional em Manaus são imunizadas contra a gripe

As doses contra a influenza foram disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) em dose única, que é suficiente para prevenir a doença até a próxima campanha que acontece anualmente. Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Umanizzare Gestão Prisional começaram a vacinar os presos contra o vírus da gripe. A ação faz parte da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza e integra o calendário do Ministério da Saúde (MS), que visa imunizar detentos e servidores que trabalham no sistema prisional.

As doses contra a influenza foram disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) em dose única, que é suficiente para prevenir a doença até a próxima campanha que acontece anualmente. No Amazonas, a vacinação teve início nesta semana e segue até o mês de julho. Um total de 8.300 pessoas, entre presos e servidores do sistema, deve receber a imunização contra o vírus da gripe H1N1.

De acordo com o secretário de Estado de Administração Penitenciária, coronel da Polícia Militar do Amazonas, Cleitman Coelho, a vacinação é a estratégia mais eficaz para evitar surtos da doença, tendo como objetivo da campanha a diminuição do impacto da gripe, que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mata mais de 650 mil pessoas todos os anos.

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Ainda segundo o secretário, o confinamento aumenta o risco de difusão de vírus. “Isso pode acarretar complicações maiores, com custos mais elevados no tratamento. Por isso, a população prisional entrou no grupo de prioritários pelo MS para vacinação. A imunização contra a gripe é a forma mais segura e eficiente para a redução do impacto da doença”, afirmou o secretário.

Unidades – O Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF) foi uma das primeiras unidades do Estado a receber a vacinação, com aproximadamente 90 internas imunizadas. O enfermeiro Anderson Pompeu e a técnica de enfermagem Pamela Vieira, colaboradores da Umanizzare, foram os responsáveis pela vacinação na unidade.

“As pessoas privadas de liberdade estão mais propensas à gripe, por estarem em ambientes de aglomeração e a vacina minimiza a possibilidade de uma epidemia de gripe, que pode levar a casos de pneumonia ou até mesmo à morte. A prevenção foi bem aceita pelas reeducandas e no final todos nós ganhamos em qualidade de saúde”, disse Anderson.

A reeducanda Vanessa da Silva disse que se sente mais segura com as campanhas desenvolvidas dentro da unidade. “Além da imunização, estas ações sempre vem com informações extras. Ensina, por exemplo, como devemos fazer para manter a higiene pessoal e cuidar da saúde”, enfatiza.

A influenza – É uma doença respiratória infecciosa de origem viral, seu agravamento pode levar à morte, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção, como crianças menores de cinco anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

A imunização da população (grupos prioritários) contra a influenza é importante porque a doença pode levar a complicações como a pneumonia, podendo ser causada pelo próprio vírus ou por infecção bacteriana. Além disso, a proposta da vacinação é de evitar ou diminuir o número de internações e mortes substancialmente, não só pela infecção primária, mas também as infecções secundárias.

Sintomas – Os principais sintomas da gripe H1N1 são febre, calafrios, tremores, dores de cabeça, dor de garganta e rouquidão, tosse seca, coriza, dor no corpo e cansaço.  O diagnóstico é feito por avaliação clínica e exame laboratorial.

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