Caminhoneiros acusam postos e donos de ônibus por especulação com combustíveis. Eles vão fechar a AM-010

Foto: Arquivo Pessoal

Mesmo depois do anúncio do Governo Federal sobre o fim da greve dos caminhoneiros, o movimento Amigos do Volante de Manaus informou, ainda na noite de quinta-feira (24), que vão continuar a paralisação contra a alta do diesel nesta sexta-feira (25). Neste momento cerca de 20 a 30 caminhões estão se dirigindo a Am 010.

Edmilson Aguiar, coordenador do Movimento contou que a categoria promete fechar uma das principais rodovias do Amazonas, a AM-010 – que liga Manaus a Itacoatiara. Ele afirma que o acordo firmado entre o Governo Federal e as entidades, que representam a categoria, não foi aceito pelas associações de caminhoneiros de todo o país.

“O objetivo é pressionar as autoridades para reduzir ainda mais o preço dos combustíveis.”, disse o coordenador.

Ainda segundo Edmilson, o movimento pede para que a população não se desespere, porque ainda há gasolina nos postos, de acordo com ele, os postos de combustível estão guardando a gasolina e diesel para vender mais caro hoje. “Isso eles já começaram a fazer ontem mesmo. Dizer que não tem para assustar a população e venderem por preços abusivos. Um absurdo”.

Edmilson também afirma que o movimento ficou sabendo por uma fonte que há combustível para os ônibus de Manaus, pelo menos por uma semana, mas que as autorisades decidiram diminuir a frota para não terem mais gastos e assim economizar.

O movimento de caminhoneiros não reconhece as entidades que fizeram essa negociata. O Governo Federal não conversa com entidade que não seja federalizadas, não conversa com as associações de caminhoneiros e a categoria não vai parar.

“A maior parte dos caminhoneiros do Brasil não é representada por nenhuma dessas entidades. Esse acordo só foi bom para o governo”, afirmou Edmilson.

Entenda

O Governo Federal se reuniu ontem, com entidades que representam os caminhoneiros e apresentou proposta para suspensão da greve em todo o país.

Após sete horas de reunião, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou que houve acordo pela suspensão da greve por 15 dias. Nove, das onze entidades presentes, aceitaram a proposta – que prevê prazo de 30 dias de congelamento do preço do diesel.

Já no período da noite, logo após o anúncio do “acordo”, os caminhoneiros do Amazonas prometeram que a greve vai continuar e ganhar ainda mais força com a participação da população, que já sente os reflexos da paralisação dos serviços.

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