‘Dei o que pude em 2017 por ele (Amazonino). Em 2018 é outra conversa’, afirma Arthur. Veja íntegra de entrevista

Arthur Virgílio tem candidatura declarada a presidente da República

Arthur, cercado por populares e jornalistas, aproveitou a festa na Matriz para esclarecer as coisas com Amazonino

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, esclareceu nesta quarta (15/11) a relação com o governador Amazonino Mendes. Com todas as letras: “Dei o que pude e o que não pude na eleição dele de 2017. De 2018 em diante é outra conversa e a gente tem que olhar para a frente”, disse. A declaração foi feita durante entrevista coletiva, na reinauguração da Praça da Matriz.

Há possibilidades de Amazonino e Arthur serem adversários, disputando o Governo do Amazonas, em 2018. A hipótese inquieta o governador e fez com que as relações dos dois andasse fria. Amazonino chegou a reunir com a bancada do prefeito na Câmara de Manaus, numa “cutucada” mais que explícita.

Na terça, dia do aniversário de Arthur, Amazonino ligou para dar os parabéns. “Foi uma conversa rápida, mas fraterna”, revela Arthur. “Aproveitei para parabenizá-lo também pelo aniversário dele. A gente tem essa coincidência de eu aniversariar no dia 15 e ele no dia 16′, disse.

 

2018

Arthur mira primeiro a Presidência da República. “Eles vão sentir um forte vento vindo do Norte”, afirma, referindo-se à cúpula do PSDB. A visibilidade que vem ganhando na mídia nacional, assim como convites para eventos, inclusive no exterior, pode alavancar candidatura estadual.

O prefeito insiste em prévias internas para indicar o candidato do PSDB à Presidência da República. Enfrentaria, no primeiro momento, o governador paulista, Geraldo Alckmin, e o prefeito paulistano, João Dória Jr.

“Não tem problema se as prévias forem depois da desincompatibilização”, disse Arthur, à Folha de S. Paulo. A declaração revela o bom entrosamento que vem obtendo com o vice-prefeito Marcos Rotta (PSDB). Rotta seria o sucessor dele na Prefeitura, em caso de desincompatibilização.

 

Pai e mãe

Arthur repetiu uma metáfora que usa às vésperas das grandes brigas. “Minha mãe, sempre boazinha, me ensinou a obedecer. Meu pai a desobedecer. Quase sempre meu pai tem prevalecido”. Tradução: a possibilidade de rompimento feroz com Amazonino existe.

O acordo celebrado entre os dois, na eleição de 2017, foi esclarecido por Arthur ainda na campanha. Em vários discursos ele disse que Amazonino era a pessoa ideal, pela experiência, para “arrumar a casa”. O bordão de campanha foi lembrado agora. “A gente não fala em eleição. Eleição é outro episódio. Estamos prontos para fazer coisas construtivas juntos, dentro de tudo aquilo que combinei”, disse.

Resta esperar para ver se quem prevalece é a mãe dele, dona Isabel Victória do Carmo Ribeiro, ou o pai, o senador Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Filho. Até agora, o placar, nessa “briga” de quem leva a melhor, está 99 a 0 para o “velho” Arthur.

Ouça, abaixo, a íntegra da entrevista coletiva de Arthur, na inauguração da Praça da Matriz:

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