Casal envolvido no esquema de desvio de R$ 6 milhões da Unimed é preso. Quatro continuam foragidos

Marineide do Vale e o marido, Renildo da Cruz, foram detidos ontem na Cidade Nova. Eles são acusados de operar um esquema criminoso que resultou no desvio de R$ 6 milhões da Unimed. Quatro estão sendo procurados. Fotos: Divulgação PC-AM

Mais duas pessoas envolvidas no golpe de R$ 6 milhões contra a Unimed Manaus foram apresentadas nesta quarta-feira (11), durante coletiva de imprensa. Foram detidos Marineide do Vale Maia, 33, que era supervisora financeira do hospital, e o companheiro dela, Renildo da Cruz Teixeira, 37. O casal é investigado por desviar o dinheiro juntamente com mais seis pessoas desde janeiro de 2016.

O delegado Rafael Guevara, titular do 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), falou que Marineide era supervisora financeira do hospital e que a prisão do casal foi feita pela equipe do DIP na terça-feira, na residência dois pais de Renildo, na rua Jorge Marques, núcleo 16, bairro Cidade Nova, zona Norte.

As prisões de Marineide e Renildo aconteceram em cumprimento a mandados de prisão preventiva, expedidos no dia 26 de setembro deste ano, pela juíza Eulinete Melo Silva Tribuzy, da 11ª Vara Criminal. Conforme Guevara, as investigações em torno do caso duraram três meses.

Ele relatou que em junho deste ano Marineide, a assistente administrativa Silvia Borges Nogueira, 35, presa no último dia 28 de setembro, pela equipe do 12º DIP, o gerente financeiro do hospital, Flávio Lavareda Leão, 33, e o analista financeiro da unidade hospitalar, Diego da Silva Martins, 31, foram demitidos da cooperativa médica após um minucioso levantamento de dados de desvio de dinheiro da unidade.

“Uma auditoria interna no hospital identificou a fraude praticada pelos quatro funcionários, demitidos por justa causa. No setor de contabilidade foram constatadas diversas transferências de dinheiro para o Cadastro de Pessoa Física (CPF) de pessoas ligadas ao Flávio, Marineide e Diego. Essas transferências correspondiam a pagamentos fraudulentos para empresas fantasmas e, assim, o golpe chegou ao montante de R$ 6 milhões. Ao todo, sete pessoas estão envolvidas. Silvia, que trabalhava no hospital como assistente administrativa, bem como Marineide e o companheiro dela, foram presos. Quatro pessoas ainda estão foragidas”, declarou Guevara.

Flávio, Marineide e Diego atuavam no esquema criminoso criando empresas fantasmas que deveriam prestar serviços ao hospital. Os pagamentos a essas empresas fictícias eram depositados pelos três ex-funcionários nas contas de Renildo e de outros dois envolvidos no esquema, o companheiro de Flávio, Alexandro Holanda do Nascimento, 37, e a esposa de Diego, Rita de Cássia Bentes Martins, 37. Renildo, assim como Alexandro e Rita de Cássia, não eram funcionários da unidade hospitalar.

O titular do 12º DIP enfatizou que a evolução patrimonial de Flávio, Marineide e Diego não era compatível com os salários deles. Quando Flávio, começou a trabalhar no setor financeiro do hospital, morava em uma quitinete alugada no Dom Pedro, zona Centro-Oeste.

“Depois ele comprou um apartamento em um condomínio na Ponta Negra, zona Oeste, onde foi feita uma ampla reforma e esse imóvel apresenta um padrão altíssimo de luxo. Diego e Rita de Cássia compraram e reformaram um apartamento no bairro Flores, zona Centro-Sul, considerado de alto padrão. Já Marineide e Renildo fizeram uma reforma luxuosa na casa onde moravam, no bairro Cidade Nova, zona Norte”, disse.

Flávio, Alexandro, Diego e Rita de Cássia, que estão sendo procurados pela polícia, já estão com as prisões preventivas decretadas. O delegado solicitou, a quem souber do paradeiro dos quatro procurados, entrar em contato com a equipe do 12º DIP, por meio dos números: (92) 3654-8306 ou 99962-4480. A autoridade policial assegurou o sigilo da identidade dos informantes.

Ao término dos procedimentos cabíveis, Marineide será encaminhada ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF). Já Renildo será levado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).

Veja os procurados envolvidos no crime:

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