Linhão de Tucuruí só vai atender 50% da demanda de energia de Manaus a partir de dezembro

Mesmo interligada ao sistema elétrico nacional desde início de julho, a capital amazonense só estará apta a receber 50% da demanda de energia, por meio do Linhão de Tucuruí, a partir do mês de dezembro. Isso porque, ao longo desses próximos quatro meses, está prevista a entrega de uma série de obras pela Eletrobras Amazonas Energia.

“Nunca a energia do Linhão do Tucuruí deve atender mais da metade de Manaus. Não podemos deixar a cidade totalmente dependente. Se ocorrer uma falha e desligar, a capital ficará totalmente às escuras”, destaca o diretor de Geração, Transmissão e Operação da Eletrobras Amazonas Energia, Tarcísio Rosa, ao salientar que essa definição quanto ao uso da energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) fica a cargo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Conforme Tarcísio Rosa, por enquanto, o fornecimento médio de energia pelo Linhão é de 80 a 120 megawatts. “Estamos em fase de testes, a operação comercial também depende do Operador Nacional. O utilizado, atualmente, atende questões estratégicas e de segurança do próprio Operador”, frisa. A capacidade plena é de 1,8 mil megawatts, enquanto a demanda de Manaus, em meses de pico de consumo (setembro/outubro), é de 1,4 mil megawatts.

O diretor exemplifica, ainda, que a demanda hoje de 1 mil megawatts é fornecida pelas sete usinas 100% a gás natural (575 megawatts), pela hidrelétrica de Balbina (130 megawatts), pelo Linhão de Tucuruí (100 megawatts) e o restante por térmicas a diesel.

“Não vamos deixar de utilizar as usinas a gás natural. Há um termo de contrato para fornecimento por 20 anos do gás de Urucu. No entanto, queremos eliminar, de forma gradativa, o uso do óleo diesel para geração de energia”, menciona. No primeiro semestre, 35% da demanda enérgica da capital amazonense foi atendida pelas usinas movidas a óleo, mas a expectativa é de que, em outubro ou novembro, não seja mais necessário esse fornecimento.

Obras

No pacote de obras de adequação do sistema elétrico de Manaus para receber mais energia do Linhão, estão previstas pela Amazonas Energia mais linhas de transmissão e subestações. Conforme cronograma da empresa, a estimativa de conclusão é agosto para Subestação Manaus, intersecção para Cachoeira Grande em setembro, subestações Jorge Teixeira e Mutirão em outubro e Subestação Compensa em novembro.

Indagado se essas obras não deveriam estar prontas em paralelo à conclusão do Linhão de Tucuruí, o diretor Tarcísio Rosa disse que “tudo está dentro do momento oportuno”. “Se fosse entregue antes, seria prejuízo, uma vez que não seria utilizado”, justifica.

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2 comentários

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  1. Manuel disse:

    Eu só queria saber por que razão voces ainda ouvem esse bacabeiro, que está cada vez mais descarado!
    é claro que as obras das subestações estão muuuuito atrasadas!
    Alem disso, em lugar nenhum do mundo existe tanta linha de transmissão e tanta subestação espalhada pela cidade!
    è muita incompetência ou má fé!

  2. Na minha cidade a energia e cara e falta muito.deixa a desejar.