Bombeiro se recusa a fazer muro, oficial o algema e pratica o ‘teje preso’

O soldado-bombeiro Francivaldo Santos da Rocha foi preso na tarde de 15 de março, no Centro Integrado de Segurança (CIS), localizado na Colônia Oliveira Machado, zona sul de Manaus. A voz de prisão foi dada pelo sub-comandante daquela unidade, tenente Jacson França, que o enquadrou por insubordinação. Sabem por quê? Porque ele resmungou diante da ordem de construir um muro de alvenaria no Batalhão.Os militares são, com razão ciosos da autoridade e da hierarquia. Se quebrado esse princípio, muito da autoridade do comando ruirá. Há, porém, em todos os regulamentos militares um item muito claro: “Ordem absurda pode não ser obedecida” ou algo assim.
Ora, Francivaldo, que chegou a ser algemado, foi levado pelo oficial até a Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública, onde foi ouvido e flagranteado. A causa da prisão, segundo publicado na época, foi porque o soldado “não acatou ordem de um serviço em seu quartel, durante o plantão”.
O corregedor auxiliar do Corpo de Bombeiros, coronel Joaquim Colares, informou que o caso é atípico, mas que será remetido a Justiça. “Ouvimos as testemunhas, o soldado e o oficial dos Bombeiros. Agora o inquérito será enviado a Justiça”, informou Colares.
Após ser ouvido, S. Rocha (nome de guerra dele) foi levado para o Comando Geral do Corpo de Bombeiros, onde permanece preso e à  disposição da Justiça Militar do Estado.
Pobre soldado. Entrou no Corpo de bombeiros para apagar fogo e acabou sendo incendiado na fogueira de vaidades de um oficial. Os tempos são outros. Hierarquia e disciplina se impõe com respeito e honestidade para com os subordinados. O tempo do “teje preso” passou, faz tempo.
A Comissão de Direitos Humanos da OAB, que até agora não se pronunciou a respeito, está com a palavra. Vamos tirar esse inocente da prisão.
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