A Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) está enviando policiais e investigadores para reforçar a busca pelos assassinos do ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Parintins, Everaldo Batista, executado com pelo menos seis tiros à queima-roupa nesta segunda-feira (22).
Tiros na cabeça
Em entrevista a uma rádio local de Parintins, o secretário de Segurança e vice-governador, Bosco Saraiva disse que não poderia dar maiores detalhes sobre as primeiras ações da polícia, mas que os pistoleiros conheciam a vítima e fizeram questão de comentar sobre sua atuação política.
“É um crime que choca a todos e que foi executado para dissimular um possível assalto. Quem atirou sabia o que estava fazendo, acertando na cabeça da vítima”, falou Bosco Saraiva.
Vigilância
Segundo a esposa do ex-vereador, Suzy, ela ouviu quando um dos assassinos do marido disse “você já roubou muito em Parintins”.
O porto e aeroporto da cidade estão sob vigilância policial. O secretário Bosco Saraiva está comandando a ação da busca pelos assassinos pessoalmente.
Testemunha
A esposa do ex-vereador estava no Hospital Jofre Cohen acompanhando o corpo do marido, muito nervosa e assustada. Ela estava junto com ele na hora do assassinato.
“Estávamos na sala, que dá acesso à casa. Parou a moto e um homem entrou apontando a arma. Eu disse que tinha dinheiro, dei a bolsa, joia, celular, tudo o que tinha. Ele bateu no Everaldo, disse que ele tinha roubado muita gente e foi levando ele em direção ao banheiro”, falou a mulher.
A testemunha contou que quando ouviu os tiros, saiu correndo e puxou o executor, que a empurrou e depois fugiu. Havia duas motos fora esperando por ele.
O crime
Segundo informações preliminares, dois homens, em duas motos pretas. Everaldo morreu no local, com tiros que acertaram o tórax e a cabeça.
Everaldo foi vereador por dois mandatos e era conhecido por liderar o movimento pela terra em Parintins. Os dois suspeitos ainda não foram identificados.
A polícia em Parintins está com imagens das câmeras de segurança do comércio do ex-vereador para ajudar na identificação.
Câmeras
Para o irmão da vítima, Adson Batista, ele vinha sendo ameaçado de morte e que a tentativa de assalto hoje teria sido apenas uma fachada. “A polícia já está investigando as imagens e vamos chegar aos criminosos. Meu irmão era bom, não era ruim. Tinha chegado ontem do interior”, disse Adson.
Uma suspeita levantada por familiares é que a mortes tenha ligação com madeireiras que fazem desmatamento e extração ilegal na região do rio Mamuru, divisa Amazonas-Pará. Everaldo tinha um terreno lá.
Em Parintins, o Instituto Médico Legal (IML), para onde foi levado o corpo do ex-vereador, estava lotado de curiosos.
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