Câmara Federal ‘segura’ vaga de Sabino e Gedeão segue vereador. AM perde R$ 15 milhões em emendas

Foto: Divulgação

Após três dias em Brasília, onde foi articular sua convocação para a vaga do deputado federal licenciado Sabino Castelo Branco (PTB), o vereador Gedeão Amorim (PMDB) voltou ontem a Manaus, com a certeza de que não deverá ocupar a suplência na Câmara Federal, pelo menos neste ano.  A licença de 120 dias do petebista que se encontra internado desde agosto no Hospital Sírio Libanês em São Paulo, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), termina oficialmente nesta sexta-feira (15).

Na semana passada, a família de Sabino percorreu os gabinetes de Brasília e conseguiu junto ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM), prorrogar a licença do parlamentar. A movimentação em favor de Sabino comoveu inclusive o comando nacional do PTB que anunciou a assunção do vereador Reizo Castelo Branco  ao comando da sigla no Amazonas. Reizo e a mãe, ex-deputada Vera Castelo Branco, que são avessos à entrevistas para a imprensa, sobretudo quando o assunto é a licença de Sabino, fizeram questão de divulgar fotos ao lado do presidente nacional do PTB, Roberto Jéferson.

Gedeão Amorim por sua vez, chegou a divulgar um balanço do primeiro ano de seu mandato na Câmara de Manaus, mas após andanças em Brasília, voltou convencido a não mover qualquer recurso na tentativa de assumir a vaga que lhe é de direito. Gedeão tem evitado embates com a cúpula do PMDB e do próprio PTB. O vereador tem evitado inclusive falar com a imprensa sobre o assunto. A reportagem tentou por várias vezes ouvir o vereador, mas ao chegar em Manaus na noite de ontem, o celular permaneceu desligado.  Entre os colegas parlamentares, Gedeão não esconde a frustração por não poder assumir a cadeira de deputado federal.

Com a manobra da família Castelo Branco, o Amazonas ficará com apenas sete deputados federais e deixará de receber R$ 15 milhões assegurados por meio das emendas parlamentares, visto que as propostas encaminhadas pelo gabinete de Sabino até chegaram a ser recepcionadas pela mesa-diretora da Câmara, no entanto foram rejeitadas nas comissões.

Com Sabino de licença e Gedeão sem assumir, Câmara Federal continua mantendo as despesas hospitalares do parlamentar e os benefícios como salário de R$ 33,763,00, cotão que pode chegar a R$ 45 mil e verba de gabinete de R$ 97 mil para contratar até 27 secretários parlamentares. Os repasses são mensais.

 

 

 

 

 

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