Advogado que atuou no caso do goleiro Bruno vai trabalhar na defesa de delegado que matou advogado no Porão

Advogado criminalista Claudio Dalledone Jr. será apresentado hoje para atuar na defesa do delegado Gustavo Sotero, que matou o advogado Wilson Justo. Foto: Reprodução

Neste sábado (2), durante coletiva de imprensa, às 16h, será apresentado o advogado criminalista Claudio Dalledone Júnior, que vai assumir a defesa do delegado Gustavo Sotero, 41, acusado de matar o advogado Wilson Justo Filho, 35, numa briga no Porão do Alemão, no dia 25 de novembro.

Faixa preta de muay thai e polêmico, Dalledone atuou no caso do goleiro Bruno, em 2010. O goleiro foi condenado pela morte da namorada Eliza Samúdio. Sotero está acautelado na Delegacia Geral após ter prisão preventiva decretada por homicídio simples.

Arrecadação

Além do criminalista, a defesa de Sotero conta com a advogada Carmem Romero, do Sindicato dos Delegados de Polícia de Carreira do Amazonas (Sindepol). Segundo Carmem, delegados estão buscando fazer arrecadação para auxiliar nos custos processuais.

A coletiva está marcada no hotel Mercure, na avenida Mário Ypiranga, zona Centro-Sul de Manaus. A linha de atuação dos advogados vai explorar a tese de legítima defesa.

Defesa

Em depoimento prestado no dia 25 de novembro, no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), o delegado de Polícia Civil Gustavo Sotero, contou que foi atingido por um murro, dado pela vítima, no Porão do Alemão.

Sotero foi preso em flagrante, depois de sacar a arma e ferir quatro pessoas, acertando fatalmente o advogado Wilson Justo Filho. A esposa do advogado, Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, 31, foi ferida na perna.

Na delegacia, flagranteado por homicídio e lesão corporal, Sotero disse que “empurrou o agressor, que partiu para cima”, e que ao se defender efetuou os disparos.

Ele alegou ter agido em legítima defesa, após ser surpreendido por uma agressão declarada injusta, de uma pessoa não identificada. O delegado explicou que atirou com o intuito de conter a agressão, “pois sequer conhecia a vítima”.

Câmeras de segurança

Na declaração, o preso afirmou que as câmeras de segurança do Porão podem ser usadas para comprovar seu depoimento. Após os tiros, Sotero disse que manteve a arma em posição de segurança e que “pediu ajuda dos seguranças, juntamente com a Polícia Militar, entregando sua arma”.

No termo, Sotero ainda conta “jamais  havia disparado contra uma pessoa em toda sua vida, mesmo exercendo atividade policial, tão pouco praticou violência física contra qualquer pessoa”, e que não sabia precisar a quantidade de tiros, mas que foram “somente os disparos necessários para por fim à agressão sofrida”.

Leia o depoimento do acusado e de testemunhas: Depoimento na delegacia

 

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