Mais de 60 militares participam da operação de buscas pela esportista britânica, de 43 anos, desaparecida no rio Solimões desde a quarta-feira (13). Os trabalhos serão intensificados, segundo informou a Marinha do Brasil, durante coletiva na tarde deste domingo (17), no Comando do 9º Distrito Naval, no Centro de Manaus.
A britânica praticava canoagem entre as cidades de Coari e Codajás quando desapareceu. Ela veio de caiaque de Quito, no Equador, fazendo o trajeto até o rio Solimões. A esportivas entrou no Brasil dia 21 de agosto, pela cidade de Tabatinga, e seu objetivo seria cruzar todo o rio Amazonas até a foz. O nome da desaparecida está sendo mantido em sigilo a pedido da família.
O delegado adjunto Ivo Martins informou que a britânica desapareceu na mesma área em que também desapareceu o delegado Thyago Garcez, após cair no rio em um confronto com traficantes. A polícia ainda junta elementos para tentar entender o que aconteceu com a mulher. Na última sexta-feira, a Marinha encontrou o caiaque utilizado pela estrangeira, num banco de areia numa comunidade entre Coari e Codajás.
“É uma área complicada, se ela caiu no rio, os prognósticos não são bons, mas a gente acredita sempre que ela possa estar bem, a salvo, e a gente vai trabalhar para encontrá-la”, disse. A rota, segundo a política, tem movimentação de tráfico de drogas, mas não foram feitas ligações entre o desaparecimento da britânica e rota de traficantes.
“Pode ser que ela esteja perdida e bem, e outras possibilidades. A gente está, juntamente com a Marinha, no intuito de encontrá-la e angariar o máximo de informações possíveis para uma investigação consistente”, disse o delegado.
O material encontrado, incluindo o caiaque e objetos pessoas que pertenceriam à mulher, estão num navio da Marinha e serão entregues à polícia para serem periciados. Entre eles estão roupas, garrafas de plástico, boias e outros.
Buscas
A Marinha informou que vai concentrar as buscas no rio Solimões e que não previsão para terminar a operação. Segundo o capitão da Marinha, Paulo Veiga, as operações de busca e salvamento da britânica vão continuar com a participação de mergulhadores do Corpo de Bombeiros.
“A informação que nós temos é que ela estava fazendo essa atividade sozinha. O caiaque foi encontrado às margens do rio Solimões, após a aeronave avistar alguns objetos. Durante relatos de comunitários, eles contaram ter visto uma mulher em um caiaque descendo o rio Solimões”, explicou o capitão.
Os relatos de comunitários tem ajudado os trabalhos de investigação da polícia, mas outras informações não podem ser divulgadas para não atrapalhar a operação em curso.
O capitão do Corpo de Bombeiros, Janderson Lopes, adiantou que as buscas não tem previsão para serem encerradas. “Nós temos uma equipe no local desde sexta-feira (15), e essa operação por parte dos bombeiros é de apoio. Enquanto houver necessidade nós continuaremos fazendo as buscas”, comentou. Três mergulhadores da corporação dão suporte aos trabalhos.
A aeronave (ANV) N-7089 do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-3) e o Navio-Patrulha Fluvial (NPaFlu) Amapá são usados na operação de busca e resgate, assim como a Capitania dos Portos está dando apoio à operação. Na quarta, o rastreador do caiaque teve o localizador de emergência acionado.
O 9º Distrito Naval informou que está realizando monitoramento das embarcações da região em busca de mais informações sobre o ocorrido. Quem tiver informações sobre o paradeiro da britânica pode ligar para o telefone (92) 98802-3116.
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