Pedágio na ponte sobre o rio Negro está descartado

Confirmada a inauguração da ponte sobre o rio Negro para o dia 24 de outubro, a cobrança de pedágio está descartada.

Há quase unanimidade de que a cobrança deve ser feita – o secretário da Região Metropolitana, Renê Levy, é contra –, até para evitar que uma multidão invada as belas e quase virgens praias de Iranduba, sem que qualquer infraestrutura tenha sido construída para isso.

A AM-070, Iranduba-Manacapuru, não foi duplicada, o pedalinho no Cacau-Pirêra, o calçadão e os bares e lanchonetes idem, e, tampouco, as praias ganharam postos policial e médico, necessário diante da multidão prevista.

Ocorre que, com a proximidade da abertura da ponte, não há tempo para construir as barreiras de pedágio, o que levaria cerca de um ano, incluindo-se aí o processo de escolha do local, com possível desapropriação, licitação, criação de canteiro e conclusão da obra. E todos concordam que, feita a abertura sem pedágio, o Governo do Estado não terá força política para implantar a cobrança.

Imagine, no início da obra do pedágio, o barulho que os moradores de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão podem fazer, indo às ruas para protestar, bastando que qualquer fogueteiro de plantão os comande. E fogueteiro é o que não falta.

O pedágio, enfim, está descartado. Se isso é bom, não sei. Mas tenho certeza que o Amazonas precisa começar a democratizar mais as coisas. Quem tem dinheiro pagaria o pedágio rindo. Quem não tem ficaria de fora, chupando o dedo. A ponte vai se tornar um pepino para segurança, saúde, meio ambiente, assistência social etc. Todo mundo sabia que ou se faziam as obras completares ou seria assim.

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11 comentários

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  1. Thadeu Seixas disse:

    É um verdadeiro absurdo e pura demagogia não se cobrar pedágio sobre a utilização da ponte. Atualmente paga-se caro para fazer a travessia em balsas sem nenhuma infraestrutura, sem conforto e com a excessiva demora que todos bem conhecem. Ora, porque não cobrar então para atravessar com rapidez? Além do mais, seria uma forma de recuperar o altíssimo e hiperinlacionado investimento feito. Sem contar com o custo de manutenção, que será custeado por todos os contribuintes, indpendente de usar ou não a ponte. O sistema atual é mais justo: só paga quem usa. Chega de demagogia!!

  2. Jorge Santos disse:

    Seria um absurdo termos ainda de pagar por + um serviço, como se não basta tantos impostos que ja pagamos!como ficaria a situação das pessoas que realmente moram nos municipios proximos e tem de ultilizar todos os dias este serviço? ganhando apenas diaria ou até menos!não seria justo tira o pau da boca de seus filhos, para servilos a pessoas que acordao tarde do dia; seria?
    Moramos ha muitos anos neste municipio, somos pobres humildes + ainda temos nossos direitos, nao estamos aqui a passeio!

  3. Minos Adão Filho disse:

    Eu não acredito no que estou vendo, ao construir a ponte,
    na época, Eduardo Braga argumentou que não teria pedágio
    a ponte seria construida para beneficiar os produtores e
    moradores daquele município, Iranduba seria mais um bairro de Manaus, esse pedágio é sem cabimento,vejam as balsa foram construidas, foi criado o SNPH, o valor do pedágio até a presente data está em torno R$ 35,00 carro popular e R$ 120,00 para caminhões, sucatiaram as balsas que foram construida e adequada para aquele transporte e contrataram dos seus compadrinhos balsas com rebocador sem nenhuma condição de segurança para os passageiros e veiculos, para onde foi o Dinheiro dessa cobrança, não estou nem falando da taxa cobrada no porto, dos barcos regionais, só está faltando cobra pedágio das Pontes Educandos, S. Raimundo, Ponte dos Bilhares etc..etc.., veja o pedágio está sendo cogitado R$ 30,00 por 4 Km a Rio Niterói está em torno de R$ 3,80 a R$ 4,80 15 Km de ponte, temos que ficar de olho aberto nessa cobrança que é ao meu ver é inconstitucional, para que ela não seja entregue aos apadrinhados políticos, vejam o custo da ponte para sua total construção era de R$ 600, milhões já estamos em R$ 1,1 Bi, com mais um aditivo recentemente, durma com essa ! SOS MP, PF, TCU,!!!!!!!!!!!!!!!!

  4. ARROCHADO disse:

    MELHOR PARA POVO MAIS POBRE. ESSE PEDÁGIO TEM QUE SER BASTANTE PENSADO, INCLUSIVE O PREÇO.

  5. Ney Almeida disse:

    Lamentavel,a cobrança de pedágio na Ponte sobre o Rio Negro, o que essa ponte tem de diferente das demais deste Brasil afora? Na Ponte professor Mauricio Joubert de Carvalho, na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul sobre o Rio Paraná tem 2.450 metros e nem por isso se paga pedágio. Ah, políticos amazonenses!
    A Rio-Niteroi, é sobre àgua salgada e com quase 15 km de ponte , nessa concordo, pois o desgaste será acima do normal, mais aqui? Me poupem seus políticos de meia tigela!

  6. Eduardo Felix disse:

    Tomara que esse pedágio não seja cobrado de fato, pois seria um absurdo cobrar do povo aquilo que lhe é de direito e de fato! Fato pois foram gastos mais de R$1.000.000.000,00 com essa ponte e direito pois o povo pobre do interior merece se deslocar de maneira gratuita pela Região Metropolitana, é um direito constitucional adquirido!

  7. Romualdo Guimarães disse:

    E lamentavel cobrança de pedagio na Ponte sobre o Rio Negro , uma vez, que o dinheiro investido foi do Governo Federal e Estadual. por isso o dinheiro foi publico, e saio do bolso de cada Brasileiro. Você cobra pedagio quando é utilizado recursos da inciciativa privada.
    Quando o Governo faz uma obra publica tem que ter orçamento para realizar a manutenção da obra, pois já pagamos impostos e taxas demais,e estes recursos deve ser utilizado também para manutenção da Ponte, pois é uma obra Publica.

  8. Thadeu Seixas disse:

    A mentalidade do povo brasileiro está arraigada no entendimento de que o governo deve tudo prover. Também concordo que já pagamos impostos e taxas demais e sem retorno. Por isso mesmo é que se deve cobrar pedágio somente de quem utiliza diretamente a ponte e direcionar os impostos e taxas exorbitantes que já pagamos para finalidades mais amplas,genéricas e fundamentais, tais como: saúde, educação, segurança pública, justiça. Finalmente, não é verdadeiro que somente se cobra pedágio de obra realizada com recursos privados. A cobrança de pedágio, seja de responsabilidade pública ou privada, tem a finalidade específica de recuperar o investimento realizado, seja público ou privado e propiciar uma adequada manutenção da obra, seja pública ou privada. E não esqueçamos que já pagamos e caro demais por um serviço
    sem qualidade, sem segurança, sem pontualidade e que dispendeu baixíssimos investimentos. Nunca ouvi ninguém defender que a travessia por balsas deveria ser gratuita…

  9. Alcides disse:

    O Direito de ir e vir nos pedágios

    “A Inconstitucionalidade dos Pedágios”

    A Constituição Federal de 1988, Título II, dos “Direitos e Garantias Fundamentais”, o artigo 5 diz o seguinte: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
    Detalhes Adicionais
    No inciso XV do artigo: “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”.

    Acrescenta-se que “o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional. O que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição”.

    As estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realizam contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas. “No momento que abastecermos nosso carro, estamos pagando o pedágio.
    Não é necessário pagarmos novamente. Só queremos exercer nosso direito. A estrada é um bem público e não é justo pagarmos por um bem que já é nosso.
    E ainda ter que lê esse secretário Levi ,que não consegue explicar nem o porquê dessa ponte ser a mais cara do mundo e agora ainda cobrar pedágio. É ridículo

  10. Thadeu Seixas disse:

    Com todo respeito à opinião do Sr. Alcides, o direito constitucional de ir e vir, não está relacionado de forma alguma com eventuais cobranças de pedágio em vias públicas. Esta é uma interpretação equivocada do preceito constitucional. A cobrança de taxas ou pedágios não significa de forma alguma restrição ao direito de ir e vir. Se a interpretação do Alcides fosse correta, a mesma travessia feita hoje por balsas operacionalizadas pelo governo, deveria ser gratuita. E não é. Também seria proibido cobrar taxa de embarque nos aeroportos, que é uma receita da Infraero. Não se cobraria por visitas a Museus, Teatros e Memoriais.Finalizando: o direito de ir e vir é muito mais amplo. Está relacionado à liberdade do indivíduo. O preceito constitucional garante ao brasileiro a livre locomoção em todo o território nacional e não tem absolutamente nada a ver com eventuais cobranças de taxas e pedágios.

  11. alcides disse:

    Comparar ponte com museus e teatros?
    No meu conhecimento, os museus e teatros que visito,lá estão pessoas que ali apresentarão seus trabalhos com o intuíto de auferir lucro pelo seu trabalho e pagam aos locais para se apresentarem e exporem suas obras.
    Vamos cobrar pedágio então de pedestres , ciclistas cadeirantes etc.