Susam vai atender Tribunal de Contas e demitir um temporário ou terceirizado para cada concursado admitido

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As manifestações de funcionários terceirizados, há meses sem receber os salários porque as empresas não têm certidões obrigatórias, levaram a Susam a romper contratos de terceirização

Os 1.104 concursados em 2014 que serão admitidos pela Secretaria Estadual de Saúde (Susam) e fundações estaduais de saúde, nos próximos 30 dias, substituirão o mesmo número de funcionários do Regime Especial Temporário (RET) e vagas ocupadas por contratados de empresas terceirizadas. O procedimento já foi seguido na admissão dos 968 remanescentes do concurso de 2005. “Estamos seguindo uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE)”, admitiu o secretário estadual de Saúde, médico Pedro Elias.

O secretário afirma que, neste primeiro momento, não serão atingidas as cooperativas médicas que prestam serviços à Susam. “O concurso não foi formatado para isso. Os médicos admitidos agora suprirão policlínicas e fundações, mas não as urgências e emergências, onde funciona o regime de plantão, com as cooperativas”, disse Pedro Elias. Cooperativas de enfermagem e de técnicos, acrescentou, poderão ser atingidas.

Ficam os médicos urgentistas, clínicos, cirurgiões, ortopedistas, anestesiologistas etc.

 

Origem

A contratação de cooperativas foi uma ideia implantada no terceiro governo Amazonino Mendes (1995-1998). Surgiu diante do crescente acúmulo de plantões e reclamações por médicos que não compareciam ao trabalho. Os novos contratos estabeleciam que, em caso de falta, o cooperado tinha que encontrar um colega para substituí-lo ou a associação inteira seria apenada.

“O que houve é que isso cresceu muito. Era para resolver situações pontuais de médicos e foi para enfermagem, técnicos, radiologia. Agora paralisam inclusive UTI. Dá um transtorno enorme. O planejamento dos recursos humanos da Susam mostrou que dá para atender o TCE, substituindo RETs e depois terceirizados”, disse Elias.

 

Paralisações

O secretário afirma que o sinal vermelho acendeu no Governo do Estado com as paralisações que vêm ocorrendo, quase diariamente, por conta da falta de pagamento por uma empresa terceirizada, que presta serviços à FCecon e ao João Lúcio, a Medimagem. “A legislação impede o pagamento de empresas que estejam com documentação em atraso. O Estado não pode pagá-la se não tiver certidões da Previdência, Receita Federal etc.. Ela não recebe, os funcionários também não e aí se cria essa situação desagradável para pacientes e a administração. É isso que estamos querendo arrumar”, afirma.

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4 comentários

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  1. João disse:

    Os funcionários temporários na sua maioria são pessoas com 10, 12, 15 e até 20 anos de bons serviços prestados a Susam, e muitos destes com idade acima dos 40 anos, ou seja, o mercado de trabalho é inglório para essa gente. Pode ter certeza que o sr. governador não vai pensar duas vezes, e vai por na rua os temporários, porque não sei?
    Veja o caso dos farmacêuticos, no último concurso foi oferecida pouco mais de 30 vagas para o quadro geral, enquanto apenas uma terceirizada tem mais de 50 profissionais trabalhando para Susam, vejam que absurdo, o governo abre um concurso para uma categoria com pouquíssimas vagas, mas contrata uma empresa com o dobro, isso é apenas uma empresa, pois existem outras. Para que a Susam chamasse todos os profissionais Farmacêuticos do último concurso, bastaria cancelar o contrato com a empresa, ainda sobraria vagas. Pior de tudo isso a secretária paga muito bem a estas empresas por cada profissional, até mais do que os efetivos, mas os contratados recebem uma ninharia deste valor.

  2. almira disse:

    Não tenho nem palavras preciso tanto desse emprego tenho 60 anos não consigo mas emprego em canto nenhum….tô muito triste sinceramente …Vou morrer eu acho…

  3. Moisés disse:

    Todas tiveram oportunidade de estudar se qualificar para poder passar no concurso agora a mulher vem falar que vai morrer me poupe senhora tem tantas outras coisas pra se fazer na vida eu mesmo trabalho no comércio sou fisioterapeuta e faço pós graduação é estudo há cinco anos tentando passar num concurso desses agente tem que se adaptar aos intempéries da vida e acreditar em Deus não ficar chorando pelo leite derramado

  4. antonieat disse:

    Os rets tem algum direito apos ser demitido.