Garantido reforça compromisso com lideranças indígenas durante apresentação do tema para o Festival de Parintins 2025

Foto: Divulgação

A apresentação oficial do tema do Boi Garantido para o Festival de Parintins 2025, “Boi do Povo, Boi do Povão”, foi realizada nesta quinta-feira (26), na Cidade Garantido, durante uma coletiva de imprensa. O encontro reuniu veículos de comunicação locais e nacionais, parceiros, patrocinadores, membros da diretoria, comissão de arte e os itens oficiais do espetáculo.

Durante o evento, foi lançada a revista oficial de 2025, que apresenta o conceito artístico e visual do espetáculo deste ano. Os 100 primeiros veículos de imprensa credenciados receberam o material impresso, acompanhado de um press kit exclusivo, como forma de reconhecimento pelo trabalho dos profissionais que acompanham e divulgam o festival.

A coletiva também contou com a participação especial da cacique Valdelice Tupinambá, liderança do povo Tupinambá de Olivença, reforçando o compromisso do Garantido com a valorização das lideranças indígenas, quilombolas e suas pautas históricas.

“Este momento representa o fortalecimento da nossa cultura, das nossas tradições e do compromisso de levar ao público uma festa que une história, arte e identidade. Queremos que todos se sintam parte deste espetáculo, que é feito por e para o povo, reafirmando nossa missão de preservar e valorizar as raízes do nosso Boi Garantido”, disse o presidente do Garantido, Fred Góes.

“O compromisso é com a autenticidade, com a cultura popular e com o respeito às nossas origens. O tema ‘Boi do Povo, Boi do Povão’ reflete exatamente isso: uma festa construída com a participação de todos, onde a história, a tradição e a memória do nosso povo estão sempre presentes. Nosso objetivo é promover uma festa que honre o nosso povo e nossas raízes, fortalecendo a identidade do Garantido e do Festival de Parintins”, afirmou o vice-presidente Marialvo Brandão.

Para a concepção, desenvolvimento e execução do projeto de arena 2025, o Boi Garantido conta com o patrocínio de parceiros públicos e privados.

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Manto sagrado

Valdelice Tupinambá destacou a importância do Manto Tupinambá Sagrado, peça ancestral com mais de 300 anos, que atualmente se encontra no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Ela lembrou que o manto precisa retornar ao seu território de origem, simbolizando a resistência e a memória viva do povo Tupinambá, e reforçou que não existe outro manto sagrado como este, cuja história comprova que os povos indígenas sempre estiveram aqui, resistindo, existindo e lutando contra injustiças como o marco temporal.

“Este manto é um ancestral vivo, testemunha do processo de colonização, mas também da resistência do nosso povo. Ele representa a luta pelo retorno ao nosso território, ainda não demarcado, e simboliza a força dos povos indígenas do Brasil em sua busca por dignidade, território e reconhecimento”, declarou Valdelice, que é filha de Amotara Tupinambá, a primeira mulher reconhecida pelo Manto Sagrado e também guardiã dessa memória.

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