
Governador perto do União Brasil, que deverá anun ciar dia 15/03
A federação partidária chamada União Brasil, que reunirá Democratas (DEM) e Partido Social Liberal (PSL), é o destino mais provável do governador Wilson Lima. A ação movimenta os bastidores políticos. Wilson vem criando amplo arco de alianças. Tem à disposição por exemplo, o PL, do presidente Jair Bolsonaro, e o PP, dos irmãos Átila e Belão Lins. Ele se elegeu pelo Partido Social Cristão (PSC).
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Wilson Lima já antecipou que anunciará a filiação partidária no dia 15/03, terça-feira da semana que vem.
Prazo
A janela de filiações partidárias, que permite aos políticos trocar de sigla sem perder mandato, termina no dia 1º de abril.
Verba
O União Brasil leva vantagem porque terá a maior fatia dos R$ 4,7 bilhões do Fundo Eleitoral deste ano. É que o PSL, partido que elegeu Bolsonaro, fez a maior bancada na Câmara Federal. Depois, a sigla se esfacelou, inclusive com a saída do presidente. Mas são aquelas vagas originais que contam para a distribuição da verba partidária.
David Almeida
A aliança político-administrativa do prefeito de Manaus, David Almeida, com o governador Wilson Lima, em se tornando também partidária, fará dos dois uma frente quase totalitária. E falta pouco para os dois fecharem esse acordo. O DEM no Amazonas, a título de informação, está sob comando do secretário municipal de Educação de David, o ex-deputado federal Pauderney Avelino.
Braga e Amazonino
A revoada de partidos para os ninhos de Wilson Lima e David Almeida está provocando um efeito colateral. Amazonino Mendes, também pré-candidato ao Governo do Amazonas, encontra dificuldades para se filiar. O senador Eduardo Braga, por seu turno, permanece seguro no MDB.
Deputados federais
O principal alvo dos partidos é eleger a maior bancada possível de deputados federais. A nova legislação prevê que cada partido ou federação pode lançar candidatos em número igual ao de vagas no Estado, mais um. No Amazonas, com oito vagas, são nove os candidatos à Câmara Federal por cada grupo partidário.
Deputados federais (2)
Os atuais deputados federais amazonenses estão em dificuldades, por conta do número possível de candidatos. Muitos terão que se enfrentar dentro das próprias legendas que escolherem. Daí que a escolha da legenda, até dia 1º/4, é um passo crucial. Só Zé Ricardo está seguro, no abrigo do PT.
Deputados federais (3)
Os deputados Marcelo Ramos e Sidney Leite, filiados ao PSD, de Omar Abdelaziz, formam a primeira dupla confirmada em disputa interna.
Mulheres
Mulheres com potencial de votos estão em alta. É que a lei estabelece obrigatoriedade de que sejam delas 30% das candidaturas. Para a Câmara Federal, por exemplo, cada partido ou federação amazonense terá que guardar três das nove vagas para mulheres. Elas também têm tempo de propaganda e financiamento de campanha garantidos. Na eleição passada, muita gente se enrolou por não ter prestado atenção nesses detalhes. E a Justiça Eleitoral promete fiscalização rigorosa agora.
Amom
O vereador Amom Mandel, 21 anos, na primeira legislatura como vereador, tem a filiação disputada. Sem partido, Amom mantém contato direto com Ciro Gomes (PDT). O presidenciável até ficou de vir a Manaus, este mês, para convencê-lo a escolher a sigla de Brizola.
Elon Musk
A vinda do empresário Elon Musk a São Gabriel da Cachoeira, anunciada em primeira mão pelo Portal do Marcos Santos, deve ocorrer na sexta-feira. Vem em jato particular. Mas nem o Governo do Estado, nem a Prefeitura de São Gabriel ainda foram comunicados da viagem. A explicação é que ele não tem cargo público. O Ministério das Comunicações, no entanto, tem dado a ele tratamento de chefe de Estado.
Zona Franca
Pela primeira vez na história, a Zona Franca de Manaus (ZFM) enfrenta vozes internas, amazonenses, defendendo um ato contra ela. Parte disso se deve à ignorância quanto às implicações do modelo na economia estadual. Outro tanto vem do desprezo com que o modelo é tratado. Basta dizer que ninguém disputa ou sequer discute os nomes dos superintendentes. E estes, depois de nomeados, trabalham de mãos amarradas, como é o caso do atual, general Algacir Antonio Polsin.
Para entender
O governo Bolsonaro diminuiu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25%. As indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM) não pagam IPI e o percentual do imposto fica como atrativo para preferirem o Amazonas a outros Estados. Isso porque é melhor ter uma indústria em São Paulo, por exemplo, centro distribuidor do País, que em Manaus, sequer ligada à rede rodoviária nacional. O corte no IPI ameaça provocar uma revoada da ZFM. O modelo tem cerca de 100 mil empregos diretos e outros 400 a 500 mil indiretos, entre os pouco mais de 2 milhões de habitantes da capital da Zona Franca. É preciso ser muito estúpido para imaginar que matar o modelo vai apenas “acabar com a mamata dos políticos”.
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