
EXCLUSIVO: mais problemas do Tropical Hotel descobertos por investidores que queriam participar do leilão
O Tropical Hotel, fechado em maio/2018, vai a leilão no dia 11/02, segundo o Estadão. A primeira tentativa de venda por essa modalidade, em dezembro, fracassou. Os preços são R$ 182,150 milhões, no lance inicial, baixando para R$ 120 milhões, na segunda rodada. O local, porém, ícone do turismo no Amazonas e espólio da massa falida da Varig, tem muitos problemas.
O portal apurou que não são apenas os R$ 20 milhões de dívida com a Amazonas Energia, que foram a pá de cal para o fechamento. Nem os débitos trabalhistas, que podem ultrapassar outros R$ 20 milhões.
Um grupo de investidores amazonenses, que tentou reunir capital para entrar no leilão, descobriu outros problemas. E, pior que isso, nenhum deles incluído no valor da venda em leilão. O apurado iria para conta de energia, funcionários e remuneração de acionistas.
O Tropical tem 235 mil metros quadrados de área construída, praia privativa, área verde, piscina de ondas e tinha zoológico, agora desativado.
Banco do Brasil e mofo
O Tropical tem uma dívida com o Banco do Brasil, cujo pagamento não está incluído no leilão, acima dos R$ 100 milhões.
O mofo, que durante os meses mais úmidos inviabiliza 300 dos 611 apartamentos, é outro obstáculo. Ele é produzido pelo levantamento do lençol freático, nos períodos de cheia. “Só a solução desse problema, com impermeabilização do piso, levaria mais de R$ 100 milhões”, diz a fonte.
Sem resolver a origem do mofo, de nada adiantarão investimentos em móveis ou piso novos. O forte odor, que agredia visitantes e hóspedes do hotel, há anos, voltará na próxima subida do rio Negro.
A questão da energia não se encerra na dívida. “O sistema elétrico é único. Não está separado por corredores ou blocos. Quando liga a energia em um local, liga em todo o hotel”, revela. Está aí uma explicação lógica para o apagão.
Quem arrematar o hotel terá que arcar, por fora, com todas essas necessárias despesas de reforma.
Portaria
A única boa notícia relacionada ao hotel é que voltou a funcionar a portaria principal. Nela estão sendo barrados os visitantes noturnos, maior parte constituída por moradores de ruas e consumidores de drogas.
Enquanto o impasse no Tropical Hotel permanece, o Amazonas continua sem ter hotel cinco estrelas.
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