Há máximas que a “velha política” costuma usar. “Na guerra como na guerra”, do prussiano Carl Von Clausewitz. Ou “em eleição só não vale perder” (anônimo). A derrota do governador Amazonino Mendes, como se vê agora, resulta de corolário de velhas práticas. Ele fez vários programas eleitorais afirmando que havia “arrumado a casa”. Reuniu com as cooperativas médicas, pouco antes da eleição, e fez um “cronograma de pagamento”. Prometia, até janeiro, atualizar os salários dos médicos. Nesta segunda (12/11), a máscara caiu e o estelionato eleitoral ficou nítido.
Orçamento acabou em junho
Amazonino empenhou todo o orçamento para tentar se reeleger. Bem claro: conforme foi denunciado durante a campanha, o governador gastou o que tinha e o que não tinha no erário estadual. Os secretários de Saúde e Fazenda disseram aos médicos que o Estado não terá dinheiro para pagá-los mais este ano. “O orçamento acabou em junho”, disse um dos secretários, conforme um dos médicos presentes.
Orçamento acabou em junho (2)
Os médicos lembram que o orçamento anual, aprovado em 2017, previa pagamentos para médicos, enfermeiros e técnicos em todo 2018. Eles trabalham em cooperativas. Se não houve reajuste salarial em nenhuma dessas categorias, como é que o orçamento acabou?
Orçamento foi desviado
Como acabou o orçamento? Simples: a dotação orçamentária para a saúde foi desviada. O orçamento foi usado para outro fim.
Comissão de Transição pode esclarecer
A Comissão de Transição, indicada pelo governador Wilson Lima, pode esclarecer as coisas. Ela é um instituto legal e o governo Amazonino tem a obrigação de transmitir todos os dados. Os integrantes da comissão precisam chamar a imprensa e mostrar os números. Governo Amazonino, depois de declarar que “a casa estava arrumada” e revelar o que se vê agora, perdeu fé pública.
Dinheiro pode sair do turismo
O único recurso orçamentário e – pelo que disseram aos médicos – também financeiro que existe no Estado é o do turismo. Isso mesmo: do Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas.
Estupro
O governador pede que os deputados estuprem o orçamento. Quer que tirem dinheiro do futuro, o turismo, para pagar salários cujo dinheiro foi desviado para sabe-se lá que fins.
O panavueiro do descaramento
Veja como o panavueiro ficou muito claro. Primeiro, Amazonino arrumou casa coisa nenhuma. Segundo, os médicos estão sendo usados descaradamente para tentar dobrar os deputados estaduais. Terceiro, o estelionato eleitoral está claramente caracterizado. Só Amazonino ganhando, teria força política para pedir algo assim, por debaixo dos panos, à Assembleia. Agora, só se médicos, enfermeiros e técnicos forem pedir aos deputados.
Que fim!
O resumo da ópera da história de Amazonino Mendes foi escrito por Lima Barreto, em título de livro do pré-modernismo: “Triste fim de Policarpo Quaresma“. Como é que ele queria ganhar eleição desse jeito?
Atropelos nas prestações, desvios de verbas e demais corrupções. .. A velha politicagem estar por fim, mas nosso povo também precisam de conciliação com a pátria e conciencia social e política.
Não há mudanças se o povo não auveja.
Um absurdo o que Está acontecendo com o nosso estado.
O orçamento da saúde acabou na metade do ano e só agora estão correndo atrás.