Comércio diz que tem estoque para próximos dias. Sem combustível, frota de ônibus vai parar sábado

Comércio não sentiu impacto da greve nacional dos caminhoneiros, segundo entidade, mas desde que movimento não perdure. Foto: Arquivo

O comércio em Manaus não tem desabastecimento, no momento, diante da greve nacional dos caminhoneiros, diferente do cenário do transporte municipal, que nesta sexta-feira (25) circulou com 60% da frota, e que se não tiver abastecimento nas garagens ainda hoje, não terá como rodar neste sábado (26).

Um reflexo maior pode ocorrer se a paralisação perdurar por mais dias, segundo explica o presidente da Câmara Dirigentes dos Lojistas (CDL), Ralph Assayag.

“O desabastecimento não acontece agora porque as empresas e comércio trabalham com estoque que em duração maior, de até cinco dias, porque sabem que pode ocorrer uma demora natural no transporte de cargas”, disse.

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Para Assayag, a maior preocupação no momento é de paralisação no transporte público e de serviços essenciais, como de coleta de lixo, pela falta de combustível para os veículos.

Cargas presas

“Temos muita carga vindo de Porto Velho (RO) e Belém (PA), que estão bloqueadas, e se não forem liberadas, como no resto do Brasil, aí sim teremos falta de produtos. Hoje acredito que até o final do dia 70% dos postos de combustível estarão fechados por falta de gasolina e diesel”, contou o presidente da CDL.

A entidade fez uma solicitação para que hospitais e serviços essenciais tenham a garantia de combustível para manter o atendimento à população, assim como de diesel para termelétricas do interior para que não fale energia elétrica: “O sofrimento é maior de quem não tem a caneta na mão. Se até segunda o movimento encerrar, teremos transtornos para liberação de cargas, mas não desabastecimento”.

Transporte público

Sem abastecimento de combustível, a frota de ônibus da cidade de Manaus pode não rodar amanhã. A informação é do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram).

Remanejando o combustível, hoje o sistema operou com frota como nos dias de sábado, com apenas 60% dos veículos indo para as ruas. Mas se não houver abastecimento, os coletivos não rodam amanhã.

Negociando

O Sinetram está negociando com os grevistas a liberação dos carregamentos de combustível para atender o transporte coletivo, que é considerado por lei como um serviço essencial, mas ainda sem sucesso.

“Essa greve dos caminhoneiros reflete diretamente no transporte coletivo, pois as empresas mantêm um estoque de no máximo um dia para abastecer os ônibus. Caso a greve continue, as empresas vão parar devido à falta de combustível”, explica o assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges.

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