Uma a cada três pessoas hipertensas desconhecem ter a doença, aponta OMS

Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira (26) é Dia Nacional da Hipertensão, doença popularmente conhecida como pressão alta e que afeta 45% dos brasileiros adultos, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Um dado que chama atenção e causa preocupação da comunidade médica é que uma a cada três pessoas não sabe que tem a doença.

Por ser silenciosa, sem tantos sintomas aparentes, a hipertensão é uma doença potencialmente fatal e que pode se manifestar em uma situação crítica. Segundo o médico Tiago Bignoto, coordenador do curso de pós-graduação em Cardiologia da Afya Educação Médica, a hipertensão não controlada pode levar a casos de acidente vascular cerebral (AVC), infarto, insuficiência cardíaca e renal.

“O número de pessoas que só descobrem a hipertensão depois de apresentar um problema grave é preocupante, principalmente, levando-se em consideração que as doenças relacionadas à hipertensão podem ser fatais ou incapacitantes”, destaca.

De acordo com Tiago Bignoto, outro dado preocupante são as pessoas que sabem que têm pressão alta, mas não tratam da maneira correta. “Esse número chega a 50%. É uma quantidade muito grande”, disse.

Mudança de estilo de vida

O médico cardiologista tem um papel fundamental no tratamento, mas principalmente na conscientização da população hipertensa para a mudança de estilo de vida, fator que é essencial no controle da doença. “Parece algo clichê e repetitivo, mas hábitos de alimentação saudável e atividades física são mudanças de comportamento que fazem total diferença no controle da hipertensão”, frisa o médico.

Tabagismo

Ele acrescenta que o tabagismo e a alteração no colesterol e triglicerídeos são fatores que influenciam no risco associado de desfechos negativos em hipertensos. Uma recomendação simples é medir a pressão arterial com um profissional de saúde regularmente e não negligenciar qualquer alteração mínima. “Procure um cardiologista ou mesmo um clínico geral. Esses profissionais irão orientar e fazer o acompanhamento correto”, alerta.

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