Dia Mundial de Combate à Meningite: Especialista alerta sobre sintomas da doença

Dia Mundial de Combate à Meningite: Especialista alerta sobre sintomas da doença

A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno e das virais na primavera-verão (Foto: Divulgação)

Nesta quarta-feira (24) é comemorado o Dia Mundial de Combate à Meningite. A data serve de alerta para os cuidados com a doença que é considerada endêmica no Brasil, ou seja, casos são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais.

A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno e das virais na primavera-verão. O sexo masculino também é o mais acometido pela doença, segundo informações do Ministério da Saúde. A infectologista Maria Alice Sena, da Hapvida NotreDame Intermédica, detalha sobre alguns sintomas específicos que merecem atenção.

A especialista explica que a meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. “Essa membrana tem a função de garantir a lubrificação do órgão e proteger contra traumas mecânicos e agentes invasores, já que tem uma permeabilidade muito seletiva. À medida que se torna inflamada, a seletividade diminui e existe uma tendência a aumentar a pressão dentro do cérebro, causada pela inflamação, e pode ser provocada por diversos agentes infecciosos, sendo os principais as bactérias, os vírus e os protozoários que, ao atingirem a meninge, causam processo inflamatório com inchaço nos órgãos que causam os sintomas associados à meningite”, explica Alice.

Sobre os sintomas, a infectologista cita uma tríade clássica que é o surgimento de dor de cabeça (cefaleia), vômitos e febre. “Eles são relacionados à síndrome infecciosa e à pressão intracraniana. Toda pessoa que os apresenta, principalmente vômitos não precedidos de náuseas, precisa procurar auxílio médico”, diz. Outros sinais da doença são alterações na pele (manchas) causadas por bactérias específicas e sinais de enrijecimento do pescoço.

O diagnóstico é feito a partir de exames, a exemplo do quimiocitológico do líquor e da bacterioscopia direta. Como a meningite pode ser confundida com outras doenças, Alice Sena orienta que é preciso atenção logo nos primeiros sintomas para a indicação do tratamento mais adequado para cada paciente.

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