Grupos assistidos pela Seas visitam aldeia indígena e berçário de plantas medicinais

Foto: Divulgação/Marcos Santtini/Seas

A Aldeia Indígena Yupirungá Karapãna foi o cenário escolhido, na manhã desta quinta-feira (18/04), pelo Centro Estadual de Convivência da Família Magdalena Arce Daou para mostrar aos assistidos um pouco da diversidade cultural do Amazonas representada pelos povos indígenas.

O grupo de 30 mulheres dos Grupos de Convivência ‘Libertamente’, ‘Energia’ e ‘Idade Dourada’, que diariamente frequentam o centro, participaram da visita à aldeia, situada no bairro Tarumã-Açu, zona oeste. O passeio visa conscientizar para o Dia dos Povos Indígenas, celebrado no dia 19 de abril.

O roteiro incluiu visita ao Centro de Ciências e Saberes Karapãna na Aldeia Yupirungá, um espaço com fotos dos ex-chefes da aldeia, biblioteca indígena, espaço de estudo da língua materna e conhecimentos tradicionais Tupãna Yupirungá, mostrando toda a trajetória do povo Karapãna, incluindo o artesanato. O passo seguinte foi a visita ao berçário de plantas medicinais e a ida à praia.

As informações e conhecimentos étnicos da aldeia foram repassados pela atual líder da etnia em Manaus, Maria Alice Paulino, da etnia Karapãna, uma das descendentes de Manuel Paulino do povo Piratapuia. Ela explica que o pai é oriundo do território localizado na região do Alto Rio Negro. “A vinda do nosso pai até aqui foi de muita luta e desafios, vivenciando massacres, repreensão aos costumes tradicionais, e ainda trazendo na bagagem oito filhos para criar”, disse.

Para Maria Alice, as comemorações aos povos indígenas foram um avanço, cujas conquistas são obtidas aos poucos como educação de qualidade, saúde de forma diferenciada, garantia territorial, segurança etc. “É preciso avançar no sentido de galgar cargos públicos para que as nossas demandas sejam atendidas, a exemplo dos professores indígenas, que ainda não são reconhecidos como profissionais da educação”, frisou.

Foto: Divulgação/Marcos Santtini/Seas

Situado no bairro Santo Antônio, zona Oeste de Manaus, o Magdalena Arce Daou oferece diariamente uma gama de serviços à população, para promover a integração de famílias e comunidades, visando a convivência e sociabilidade da população em situação de vulnerabilidade e risco social por serviços de assistência.

A diretora do Magdalena Arce Daou, Ana Paula Nogueira, destacou a importância desse tipo de programação para os integrantes dos grupos de convivência, em sua maioria envelhecentes e idosos, que participam de atividades físicas, culturais e outras.

“A maioria não tem condições de arcar com os custos de uma viagem dessa natureza. Aproveitamos a passagem do Dia dos Povos Tradicionais para levarmos os grupos a um conhecimento mais profundo sobre a história dos nossos ancestrais”, disse.

Para Joaquina Melo da Costa, 75, esse tipo de programação traz alegria e abre os horizontes no sentido de conhecer a história de luta dos povos indígenas. “Estou feliz de poder participar do dia a dia no Magdalena onde faço pilates, caminhada, cursos, além dos passeios em meio a natureza, que fazem bem à alma e o corpo”.

Outras programações

O Centro de Convivência Familiar Teonízia Lobo, situado no Mutirão, zona norte, também realizou uma palestra abordando a temática “Dia de Valorização dos Povos Indígenas”, com os frequentadores do CECF acerca da importância da cultura e das tradições indígenas na construção da identidade brasileira.

Já o Centro de Convivência Família André Araújo, situado no bairro da Raiz, zona sul, promoveu uma oficina de pintura em tela que teve como tema a valorização dos povos originários, com o artista plástico Rubens Belém. Nesta sexta-feira (19/04), o centro vai promover uma roda de conversa sobre a valorização dos povos originários e exposição de artigos do Museu do Índio, na sala multiuso, às 9h.

E o Centro de Convivência do Idoso (Ceci), no bairro Aparecida, zona sul, realiza nesta sexta-feira (19/04) uma programação especial sobre o tema. Inicia pela manhã com a exposição de artesanatos indígenas e a Feira do Empreendedorismo. Na parte da tarde, haverá apresentações de danças indígenas e um baile cultural.

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