Omar peita Marina: ‘É só não pode, não deve, não pode’, sobre BR-319

Omar peita Marina

Omar peita Marina, durante visita a Manaus, cobrando o asfaltamento da BR-319

O senador Omar Aziz (PSD-AM) engrossou a voz contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Com toda cara-de-pau, ela estava na comitiva do vice-presidente Geraldo Alckmin, posando de “salvadora da Amazônia”. Marina é contra asfaltar a BR-319 (Manaus-Porto Velho), única via contra o isolamento cíclico da vazante, para Amazonas e Roraima. Omar lascou: “Quantos empregos o meio-ambiente gera na Amazônia? Nada. É só não pode, não deve, não pode. Queremos interlocução”, disse, na reunião privada com Alckmin, Wilson Lima, 16 ministros, David Almeida e outras autoridades. Veja o vídeo com o discurso no fim desta coluna.

 

Marina, Marina

Marina Silva é contra o asfaltamento da BR-319. Sinésio Campos, que ficou valentão!, chegou a apontar o dedo na cara dela. Mas ela foi ministra de 2003 a 2008. E os 14 anos, depois disso, que ela ficou fora do ministério? Foram dois anos de Lula, seis de Dilma, dois de Temer e quatro de Bolsonaro. Necas de pitibiriba de asfaltar a estrada, que continua um lixo. Marina merece o repúdio amazonense sim. E os outros?

 

Vazante e ‘seca’

Leitor do portal chama atenção para o uso de “seca”: “Seca só vale para o Nordeste, onde o solo racha de tão seco. Aqui temos ‘vazante’ porque os rios principais não secam”. Tem razão.

 

Maiores vazantes

Os números são claros: maior vazante do rio Negro, 13,63 metros (2010); segunda, 13,64m (1963), terceira 1906 (14,20m). E não venham me dizer que, em 1963, quando vazou um centímetro menos que 2010, foi o ser humano que provocou o fenômeno. Virem-se os ecologistas.

 

Cuidado!

Um vídeo, profissional, que circula nas redes sociais, mostra a Amazônia pujante, na enchente, e o contraste da vazante. Na virada, o texto fala: “Agora, parece cena de ficção, o maior rio do mundo secou!”. Secou onde? A gente precisa evitar exageros. Se o rio Amazonas secar, será o fim do mundo.

 

Pesca esportiva cancelada

A maioria das pousadas que recebe turistas para a pesca esportiva cancelou os grupos que chegam a partir de 15 de outubro. Não haverá água. Muitas, principalmente na região do Juma, marcaram o início da temporada para hoje (05/10). E a temporada está terminando. Um baita prejuízo.

 

Pesca esportiva cancelada (2)

Os pescadores mais experientes estão encontrando lagos que mantêm a água preta, limpa e com bons tucunarés. Mas tem que garimpar muito. E contar com a sorte.

 

Caprichoso e os indígenas

O Bumbá Caprichoso realiza ação, doando cestas básicas, entre tribos indígenas. Esses povos são duramente atingidos pela vazante porque residem, na maioria, em locais mais distantes, nos confins dos rios. Os bumbás parintinenses, que popularizaram a temática indígena, agora partem para a ação concreta. Parabéns.

 

Coca-Cola

O Grupo Simões não é mais o engarrafador e distribuidor de Coca-Cola no Norte do Brasil. Vendeu 70% da operação para o grupo Solar Coca-Cola, de São Luís-MA e já faz a transição.

 

Yroyak

O antigo Varejão, que hoje se chama Yroyak, pediu recuperação judicial. Obteve, na Justiça, a retomada do prédio da unidade do Vieiralves, arrestada pela Caixa Econômica. A outra unidade do grupo fica na Ponta Negra.

 

Suframa e Tabatinga

O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, realiza um movimento burocrático muito importante. Tenta alfandegar o porto de Tabatinga-AM. Trata-se de uma conexão com o porto de Shankay, no Peru, que está sendo concluído. Os peruanos exportarão produtos agrícolas, como batatas, para o Brasil, e o Amazonas venderá manufaturados na Zona Franca.

 

Suframa e Tabatinga (2)

Bosco Saraiva conta a história de um comerciante, que foi à Suframa se queixar. O empresário foi ao Peru e encontrou batatas dez vezes mais baratas que no mercado brasileiro. Comprou uma balsa cheia. Em Tabatinga, no entanto, a mercadoria ficou meses esperando a liberação do Ministério da Agricultura e da Receita Federal. Resultado: as batatas se acabaram. Alfandegado, o porto de Tabatinga funcionaria 24 horas e agilizaria importação e exportação.

 

Amazonas x Botafogo-PB

Sábado (07/10) pode ser o dia histórico da volta amazonense à Série B do Campeonato Brasileiro. O Amazonas FC só depende de um empate, contra o desclassificado Botafogo-PB. Os 35 mil ingressos da internet foram vendidos. Restam as filas na Arena Amadeu Teixeira, local da venda presencial. Arena da Amazônia terá casa cheia garantida.

 

Fumaça e fogo

As consequências dos dias atuais, impregnados pela fumaça, ainda estão chegando. É quase impossível respirar. A baixa umidade relativa do ar, característica do verão, e o período de queimadas dos roçados são a razão principal. O que fazer? Apontar alternativas aos caboclos, como está fazendo a Prefeitura de Parintins, oferecendo mecanização para o plantio de várzea. O caboclo, sem braços para resolver no machado, recorre à queima para limpar os roçados. É histórico e é sabido. Ou queima ou não terá o que colher – e comer! – na enchente. É preciso uma ação direta dos órgãos públicos, da esfera federal à municipal, para lutar contra essa tradição cultural e eliminar focos de incêndios. Menos “H” e mais ação preventiva. Os satélites monitoram o fogo na floresta muito bem. Mas é preciso usar com critério, para não sair prendendo caboclo que só vive de um quadro de mandioca, para a farinha e o beiju. A ecologia resolve isso muito bem: o meio ambiente absorve impactos de determinada população e quando o número excede essa capacidade é que ocorre o desastre ecológico. Eram poucos caboclos e índios. Agora são milhões.

 

VEJA O VÍDEO DE OMAR AZIZ DESCASCANDO EM CIMA DE MARINA SILVA:

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