Garantido viveu crise parecida, em 2002, no fim do mandato de Antônio Andrade. Entenda

Não é a primeira vez que o presidente do Boi Garantido, Antônio Andrade, se envolve em polêmicas, enquanto gestor da associação folclórica. O ano era 2002 e o Boi Garantido viveu crise muito parecida como a que está ocorrendo agora, no mês de outubro, no final do mandato de Andrade, quando foi eleito sucessor o presidente José Walmir.

Naquele ano, a Justiça de Parintins expediu mandado de busca e apreensão de bens e documentos da Associação Folclórica, que estavam em poder do ex-presidente Antonio Andrade Barbosa e de ex-assessores do bumbá. O despacho do juiz Mauro Moraes Antony, à época, atendeu a Medida Cautelar Inominada, com pedido de liminar, impetrada por José Walmir de Lima.

De posse do mandado judicial, os oficiais de justiça foram à casa do ex-presidente e recolheram computadores e impressoras. Os materiais foram recolhidos a uma sala do Fórum de Justiça da Comarca de Parintins.

José Walmir falava que o boi teria sido saqueado e apresentou à Justiça uma relação dos bens levados da Cidade Garantido, entre os quais três computadores, três impressoras, scanner, aparelhos de rádio, mesas, caixas de som, bebedouros, cadeiras, 68 tambores, compressores de ar e até fogão industrial e bacias plásticas.

Walmir condenou, naquele período, a atitude do ex-presidente Antonio Andrade, que tentava de todas as formas conturbar o andamento das atividades normais do bumbá Garantido.

Eleição conturbada

O mandato de Antonio Andrade encerrou no dia 24 de agosto de 2002 e no dia seguinte ocorreu a eleição que elegeu José Walmir de Lima, com 586 votos contra 48 do ex-presidente. Andrade publicou Edital, no dia 24 de agosto, para adiar a Assembléia da eleição, mas os sócios compareceram e Walmir foi eleito com a maioria dos votos. O ex-presidente pediu anulação do pleito na Justiça alegando irregularidades, porém o pedido foi negado.